Raúl Castro participa em desfile do Primeiro de Maio em Santiago de Cuba |
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Domingo, 01 de Mayo de 2011 19:53 |
O ditador cubano, Raúl Castro, participou hoje de um desfile pela comemoração de 1 de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, em Santiago de Cuba, a 900 quilômetros a leste de Havana. Raúl, que foi eleito primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC) no VI Congresso da legenda em substituição a seu irmão, Fidel Castro, desfilou em trajes militares na cidade considerada "heroína" dos trabalhadores às 7h locais (8 no horário de Brasília). Com a participação do chefe de Governo no ato em Santiago de Cuba, a comemoração de Havana iniciou-se meia hora depois e contou apenas com a presença do chefe da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), Salvador Valdés Mesa, e do vice-presidente e segundo secretário do PCC, José Ramón Machado Ventura. O dia 1 de maio tradicionalmente é comemorado em Cuba com desfiles em todas as províncias e um ato central em Havana. Neste ano, além das bandeiras cubanas, cartazes levam as palavras "Unidade, Produtividade e Eficiência", que marcam as comemorações de 2011. O desfile deste ano pode demonstrar o respaldo do povo cubano às resoluções do VI Congresso do PCC, segundo avaliou Mesa, também membro do Escritório Político do partido, em entrevista ao jornal estatal Granma. "O socialismo é nossa opção", afirmou ele durante o ato, prometendo o respaldo dos trabalhadores cubanos "aos acordos do congresso do Partido e as orientações da política econômica e social da revolução". "Temos que fazer nossa a decisão de que as consígnias de trabalho, produtividade, eficiência e economia não fiquem aqui", indicou o líder sindical na entrevista. Entre as mudanças no regime aprovadas no congresso de abril está uma resolução que prevê o "planejamento e tendências de marcado", a autonomia para empresas estatais e o "desenvolvimento de novas formas de gestão". As reformas econômicas, que já estavam em curso com medidas do governo de Raúl Castro, pretendem promover algumas formas de investimento estrangeiro e a abertura para algumas iniciativas privadas. As novas políticas, porém, devem passar pela Comissão Permanente para a Implementação e Desenvolvimento das Diretrizes. No início do ano, o Estado demitiu meio milhão de trabalhadores de empresas estatais, cumprindo com a primeira meta de demissões. Ao todo, o governo pretende eliminar até 1,3 milhão de postos no Estado -- o equivalente a 20% dos empregos em Cuba. O governo cubano também abriu 178 atividades econômicas no país para a iniciativa privada, como forma de absorção das pessoas que ficarem desempregadas. Até então, o Estado administrava 90% da economia nacional. O anúncio das reformas econômicas foi feito um ano após a economia, principalmente a agricultura, sofrer com a crise mundial de 2008. (ANSA)
01/05/2011 09:48 |
Última actualización el Domingo, 01 de Mayo de 2011 19:57 |
Em Cuba, 55 seguem presos por questões políticas |
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Domingo, 17 de Abril de 2011 11:32 |
Um grupo de dissidentes cubanos na Espanha denunciou hoje que pelo menos 55 presos políticos seguem encarcerados na ilha caribenha e pediu sua imediata libertação. José Gabriel Ramón Castillo e Julio César Gálvez, ambos do chamado Grupo dos 75, consideraram que o acordo fechado entre o governo de Raúl Castro e a Igreja Católica da ilha para a libertação de presos segue vigente e deve ser cumprido.
"Que saibamos, Cuba não deu por encerrado este processo", disse Castillo, em conversa com jornalistas na Fundación Hispano Cubana de Madrid. "Esperamos que se cumpra o falado e acordado pela Igreja Católica e o governo para se soltar todos os presos políticos cubanos", acrescentou.
Castillo e Gálvez estão entre os 75 dissidentes detidos em 2003 acusados de conspiração. Castillo foi liberado e acolhido na Espanha em 2008. Gálvez chegou a Madri em julho do ano passado, na primeira leva de prisioneiros cubanos libertados após o acordo entre Cuba, a Igreja Católica e a Espanha.
Desde então, 115 ex-presos, junto com quase 700 familiares, foram acolhidos no país europeu. Cerca de 40 eram integrantes do Grupo dos 75, enquanto o restante era de presos por delitos diversos, alguns tipificados como violentos. As informações são da Associated Press. |
Última actualización el Domingo, 17 de Abril de 2011 11:35 |
Trinta e sete presos políticos cubanos chegam a Madri |
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Lunes, 11 de Abril de 2011 19:00 |
MADRI — Um grupo de 37 ex-presos cubanos acompanhados por suas famílias chegou nesta sexta-feira a Madri a bordo de um avião fletado pelo governo espanhol, informou o ministério de Assuntos Exteriores espanhol.
Esse é o maior grupo de presos políticos que chega à Espanha desde o acordo concluído em julho passado entre o governo cubano e a Igreja católica, com mediação da Espanha, que permitiu libertar dezenas de prisioneiros.
Com este novo grupo, 115 ex-presos se encontram na Espanha desde julho.
Segundo um relatório anual sobre os direitos humanos divulgado por Washington nesta sexta-feira, os Estados Unidos reconhecem a libertação de presos políticos nos últimos meses em Cuba, mas afirmam que muitos outros opositores continuam atrás das grades e que Havana ainda persegue a dissidência.
Segundo o relatório, Havana libertou mais de 40 presos políticos nesse período, incluindo "notáveis ativistas de direitos humanos presos em 2003, mas Cuba continua abrigando dezenas de prisioneiros políticos".
O informe menciona informações de grupos de direitos humanos que denunciam um "marcado aumento no uso das detenções curtas para desbaratar o trabalho da sociedade civil e para acossar ativistas".
Os grupos dissidentes, principalmente as Damas de Branco, continuam sendo vítimas de "protestos públicos orquestrados pelo governo", segundo o texto. |
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UNS DOS CHEFES DO PROGRAMA ATÔMICO IRANIANO VISITA CUBA |
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Sábado, 30 de Abril de 2011 13:28 |
Ravana - O Irão trabalha para melhorar os sistemas de segurança nas suas indústrias nucleares após o desastre ocorrido no Japão, mas continuará com o seu programa de utilização pacífica desta energia, afirmou nesta sexta-feira em Havana um responsável de alto escalão da diplomacia iraniana.
"Todos nós deveríamos nos preocupar em elevar os sistemas de segurança das nossas centrais e estamos a fazer isso", mas "fazemos uso pacífico da energia nuclear, temos necessidade dela", disse numa conferência de imprensa Ramin ehmanparast, porta-voz da chancelaria iraniana.
Mehmanparast conclui hoje uma visita de quatro dias a Cuba para estreitar relações bilaterais.
O chefe do programa atómico iraniano, Fereydun Abasi, anunciou há duas semanas que o Irão continuará a enriquecer urânio a 20 por cento para abastecer "quatro ou cinco reatores" de pesquisa nuclear que preconiza construir nos próximos anos.
O enriquecimento de urânio é a causa de uma disputa que o Irão mantém há anos com parte da comunidade internacional, em especial as potências ocidentais, que suspeitam que Teerão procura produzir combustível nuclear para depois fabricar bombas.
O Irão desmente a acusação e insiste que o seu programa nuclear é meramente civil.
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Última actualización el Sábado, 30 de Abril de 2011 13:53 |
Amanhã comença o Congresso do Partido Comunista de Cuba |
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Viernes, 15 de Abril de 2011 12:15 |
Cuba preparou uma mudança histórica do modelo econômico com a adoção das reformas anunciadas em 2010 por Raúl Castro e um rejuvenescimento da direção do Partido Comunista de Cuba (PCC), que realiza a partir de sábado e até terça-feira seu primeiro congresso em 14 anos.
"Ou mudamos o curso ou afundamos", alertou, em dezembro, o presidente Raúl Castro, que se esforça, depois que sucedeu seu irmão Fidel em 2006, para preparar os 11,2 milhões de cubanos para uma mudança do modelo econômico da ilha.
"Temos o dever essencial de corrigir os erros que cometemos durante essas cinco décadas de construção do socialismo em Cuba", explicou Raúl Castro, de 79 anos.
O mais jovem dos Castro sabe também que chegou a hora de a geração histórica da Revolução passar o bastão. A exemplo de Fidel Castro (84 anos), que anunciou em março sua intenção de renunciar em ocasião do congresso ao posto de primeiro secretário do PCC que ocupa desde a fundação do partido, em 1965.
Para realizar esta "atualização" do modelo cubano, calcado na URSS dos anos 70, o 6º congresso do PCC deverá oficialmente efetuar uma série de reformas econômicas lançadas em 2010 pelo governo.
Redução em cerca de 20% dos postos de trabalho no funcionalismo público, abertura para o setor privado de 178 pequenas empresas, criação de uma rede de cooperativas urbanas, maior autonomia das empresas estatais, descentralização do setor agro-alimentar, abertura ao capital estrangeiro, redução dos subsídios e estabelecimento de um sistema fiscal.
A lista é longa de reformas que devem salvar Cuba do naufrágio, mantendo as conquistas sociais -educação e saúde gratuitas principalmente- e os fundamentos igualitários do sistema cubano.
A evolução se faz também entre duas culturas: a do Estado providencial que atende às necessidades de todos e a do trabalho e da iniciativa privada.
Os milhares de cubanos que perdem seu trabalho no setor público são ainda estimulados a trabalhar por conta própria. Cerca de 300.000 "cuentapropistas" são registrados, sendo que a metade se inscreveu depois da abertura de novas condições de trabalho em outubro.
Os funcionários do Estado que se tornam "disponíveis" são estimulados também a integrar cooperativas de construção ou cooperativas agrícolas: 40% das áreas de terras cultiváveis ainda não são utilizadas, apesar das distribuição de terra em usufruto que o governo realizou a partir de 2008.
Até 2015, metade dos cinco milhões de funcionários públicos deverão passar para o setor privado, espera o governo.
Mas se livrar de um modelo estático paternalista de meio século não é um processo tranquilo.
Mais de sete milhões de cubanos participaram neste inverno de debates de comunidades e associações sobre as reformas. Suas preocupações: o fim da "libreta" - uma lista de racionamento que assegura a todo cubano uma cesta de produtos a preços subsidiados-, o baixo nível dos salários -15 a 20 euros mensais -, a circulação da moeda dupla -o peso "nacional" e o peso "convertível"- que condena aquele que não tem acesso às divisas a uma dura sobrevivência cotidiana.
Há também as preocupações com o capitalismo: enriquecimento pessoal, concentração de riquezas, dificuldades de habitação, qualidade dos serviços.
Paralelamente à economia, o 6º Congresso do PCC deverá eleger também cerca de cem membros de seu comitê central, que designarão em seguida o seu birô político (19 membros hoje) e seu secretariado (10).
Fidel Castro deverá deixar suas últimas funções oficiais, mas manterá toda a sua influência, como bom "soldado de ideias", como gosta de se apresentar. |
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