Escrito por Indicado en la materia
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Viernes, 31 de Enero de 2014 00:17 |
Sem entrar no mérito das negociações diplomáticas e comerciais do governo brasileiro com o de Cuba, que resultam no momento em decisiva contribuição dos cofres públicos nacionais para a implantação da Zona de Desenvolvimento Especial do Porto de Mariel na ilha dos irmãos Castro, este mais recente afago à ditadura cubana reitera o carinho de Dilma Rousseff pelo dogmatismo ideológico que o lulopetismo compartilha com os Castros e só não logrou ainda consagrar plenamente entre nós por duas razões. Primeiro, porque, pragmaticamente, sua prioridade passou a ser manter-se no poder a qualquer custo; depois, pela razão histórica de que a superação de dois regimes discricionários no século passado, o getulista e o militar, teve o dom de fortalecer nossas instituições democráticas e dificultar a escalada de aventuras autoritárias, especialmente a partir da promulgação da Carta Magna de 1988 - a cujo texto, aliás, o PT fez ferrenha oposição.
A conquista do poder e seu exercício por onze anos converteram o lulopetismo, nunca é demais repetir, em um pragmatismo que hoje o identifica com as piores práticas políticas que são, desde sempre, a principal característica do patrimonialismo. Mas, principalmente para efeito externo - mas também para satisfazer a militância que ainda imagina pertencer ao velho PT -, o discurso "libertário" do "socialismo do século 21" mantém-se inalterado e foi para exercitá-lo que Dilma Rousseff decidiu encerrar na ilha dos Castros seu último périplo internacional. Pois precisava de algum modo exorcizar eventuais fluidos negativos remanescentes de sua passagem por Davos, o covil do capitalismo, onde foi praticamente implorar por investimentos estrangeiros no Brasil.
Ao lado de Raúl Castro e no indispensável beija-mão de Fidel, Dilma esteve perfeitamente à vontade. Não se poupou de reafirmar que tem "muito orgulho" da boa relação que mantém com a dupla que há mais de meio século domina a ilha com mão de ferro e nenhum apreço pelas liberdades democráticas. Derreteu-se em agradecimentos ao favor que Cuba presta ao Brasil ao fornecer, para o programa Mais Médicos, a um custo altíssimo só parcialmente repassado aos profissionais, os doutores que aqui desembarcam para suprir a deficiência de atendimento básico nos grotões que a incompetente política nacional de saúde não tem conseguido alcançar. Para conferir maior brilho a esse tópico de sua agenda em Havana, Dilma levou a tiracolo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que brevemente será o candidato do PT ao governo de São Paulo.
Mas foi no Porto de Mariel, no qual o nosso Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já havia investido mais de US$ 800 milhões e agora vai colocar outros US$ 290 milhões - menos mal que com a condição de serem gastos com fornecedores brasileiros de bens e serviços -, que Dilma escancarou sua admiração pela mítica ilha dos sonhos da esquerda inconsequente. Chegou mesmo a enaltecer o fato de que "Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe", algo assim tão relevante e extraordinário para a economia globalizada quanto, para o futebol mundial, saber que o Confiança Futebol Clube, de Aracaju, é uma das três maiores forças do ludopédio sergipano.
A presidente foi a Havana também para bater ponto na 2.ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac), preciosa oportunidade para mais uma manifestação de simpatia pela ideologia "libertária" que irmana o lulopetismo aos Castros e a outros aventureiros bolivarianos do continente.
Ao procurar sua turma, Dilma Rousseff deixa no ar uma questão fundamental para o futuro da democracia brasileira, que a tão duras penas tenta se consolidar: o que o PT planeja para o Brasil é o mesmo que, para ficar apenas no continente, os amigos de fé de Lula e Dilma oferecem a cubanos, nicaraguenses, venezuelanos, bolivianos, equatorianos e argentinos? Sonho por sonho, melhor acreditar que tudo é apenas jogo de cena.
Tomado do O'ESTADÃO
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Última actualización el Martes, 04 de Febrero de 2014 08:57 |
"Generosidade" de Dilma com projetos em Cuba gera polêmica |
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Miércoles, 29 de Enero de 2014 08:55 |
De Davos, na Suíça, para Mariel, a 45 quilômetros de Havana, em Cuba. O trajeto ainda soa emblemático, pelos ecos do passado que a ilha caribenha simboliza. Mas, para o Governo da presidenta Dilma Rousseff, e para os novos ventos que sopram com o presidente Raúl Castro, esta agenda está longe de ser um contrassenso.
Depois de estrear na cúpula do Fórum Econômico Mundial na semana passada, onde mostrou sua faceta mais neoliberal, ao deixar claro que o país está aberto aos investimentos privados estrangeiros, a presidenta seguiu para a terra de Fidel Castro para inaugurar as obras do porto de Mariel, um investimento de 1,092 bilhão de dólares, que foi erguido pela construtora brasileira Odebrecht.
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Última actualización el Viernes, 31 de Enero de 2014 00:35 |
Cuba conta com Dilma para reduzir "isolamento" |
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Lunes, 27 de Enero de 2014 08:56 |
HAVANA - Depois de vender oportunidades ao capital estrangeiro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, a presidente Dilma Rousseff desembarca hoje em Havana disposta a ajudar o colega Raúl Castro a romper o "isolamento" de Cuba.
Munida de um discurso em defesa do "crescimento solidário" na América Latina e no Caribe, Dilma condenará o embargo imposto pelos Estados Unidos e indicará que o Brasil tem interesse na abertura econômica da ilha dos irmãos Castro. A estratégia vem na esteira do esforço promovido por Havana para atrair investimentos, principalmente em projetos de infraestrutura e turismo.
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Última actualización el Jueves, 30 de Enero de 2014 09:02 |
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Ban Ki-moon se reúne com Fidel Castro em Havana |
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Jueves, 30 de Enero de 2014 08:59 |
Nações Unidas, 28 jan (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniu nesta terça-feira com o líder cubano Fidel Castro, anunciou o porta-voz das Nações Unidas, em um encontro em que falaram sobre conflitos internacionais, como a situação na Síria, na República Centro-Africana, no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo.
Eles também conversaram sobre segurança alimentar, proliferação nuclear, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, desenvolvimento sustentável e mudança climática.
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Última actualización el Lunes, 03 de Febrero de 2014 08:50 |
Em Cuba, Dilma classifica de 'injusto' bloqueio comercial ao país caribenho |
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Lunes, 27 de Enero de 2014 17:31 |
Em cerimônia de inauguração do Porto de Mariel, em Cuba, a presidente Dilma Rousseff classificou como injusto o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha caribenha desde a década de 1960. Em seu discurso, Dilma ressaltou que, apesar do embargo, o país governado por Raúl Castro gera o terceiro maior volume comercial do Caribe.
“Mesmo sendo submetido ao injusto bloqueio econômico, Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe”, destacou a chefe do Executivo diante do colega cubano (Dilma não disse que a Cuba antes de Castro tinha o segundo maior PIB per pessoa de toda Latinoamérica e não só do pobre Caribe).
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Última actualización el Viernes, 31 de Enero de 2014 00:15 |
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