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Brasil


Quando o silêncio é cumplicidade PDF Imprimir E-mail
Escrito por Fuente indicada en la materia   
Domingo, 28 de Febrero de 2010 15:55

Por CLÓVIS ROSSI

Não foi exatamente o melhor dia o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua quarta e última visita, como presidente, a Cuba.

Primeiro porque, na antevéspera, morreu Orlando Zapata, dissidente do regime, defensor dos direitos humanos, operário como Lula o foi, após 85 dias em greve de fome.

Segundo porque os dissidentes tentaram organizar manifestações para o enterro, mas estão sendo duramente reprimidos, conforme denúncia da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, presidida por Elizardo Sánchez, um dos opositores mais respeitados internacionalmente.

"Temos confirmadas ao menos 25 detenções e outras tantas prisões domiciliares, acompanhadas da ameaça de que quem sair de casa irá para a cadeia", disse Sánchez.

Para os dissidentes, a morte de Zapata foi "um crime premeditado" pela ditadura cubana. A reação das autoridades de tratar de bloquear o protesto até em um enterro que se dará a 830 quilômetros de Havana, a capital e por isso a grande câmara de eco em Cuba, só parece dar razão aos opositores.

Torna menos emocional o desabafo de Oswaldo Payá, líder do Movimento Cristão de Libertação, segundo quem Lula é cúmplice das violações aos direitos humanos na ilha caribenha, em entrevista publicada hoje pelo jornal "O Globo".

"Respeitamos e amamos o povo brasileiro, mas o governo Lula não deu nenhuma palavra de solidariedade para com os direitos humanos em Cuba. Tem sido um verdadeiro cúmplice da violação dos direitos humanos", disse Payá, outro dissidente cuja voz alcança repercussão internacional.

De fato, silenciar sobre violações aos direitos humanos, ainda mais quando persistentes, não deixa de ser cumplicidade.

Dá para entender que não haja de parte de Lula uma crítica pública- como não houve, de resto, nos governos anteriores pós-redemocratização. A revolução cubana faz parte da memória sentimental da esquerda latino-americana. Um governo que tem raízes na esquerda, ainda que completamente abandonadas, presta homenagem póstuma a essa memória, por meio de seu silêncio. Explica-se, pois, mas não se justifica o silêncio nas conversas privadas.

Não dá para aceitar que um governo democrático pareça dar aval a uma ditadura por ser de esquerda. Não há ditaduras de direita e de esquerda. Há ditaduras. Ponto. Não há direitos humanos de direita e de esquerda. Zapata, se tivesse sido brasileiro dos anos 70, talvez aderisse à luta pelos direitos humanos e, hoje, estaria sendo homenageado por membros do governo Lula. Morre em Cuba, e o governo Lula faz silêncio.

Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às quintas e domingos na página 2 da Folha e, aos sábados, no caderno Mundo. É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e "O Que é Jornalismo".

Última actualización el Domingo, 28 de Febrero de 2010 16:12
 
Regressaram PDF Imprimir E-mail
Escrito por Fuente indicada en la materia   
Jueves, 18 de Febrero de 2010 15:08

Por YONAI SÁNCHEZ

Planícies, neve, maçãs e o ruído de um machado que cortava a lenha em pedaços desiguais. Dessas imagens e sons alheios nossa infância se nutriu devido a presença excessiva da União Soviética na Cuba dos anos setenta e oitenta. Tiritávamos de frio olhando os desenhos animados checos e búlgaros, enquanto fora o sol do trópico nos recordava que continuávamos no Caribe. Aguns soubemos dizer primeiro “koniec” do que articular o monossílabo “fim”, até que um dia os ursos emigraram, deixando-nos sem os filmes de soldados vitoriosos e mujiques sorridentes.

Depois de 1991 as abundantes tiragens da editora russa MIR só podiam ser encontradas nas livrarias de segunda mão sob o manto empoeirado do abandono. Neste fevereiro, contudo, a Feira Internacional do Livro dedicou sua XIX edição ao país que durante décadas foi mentor e suporte econômico do processo cubano. Os camaradas que anteriormente pagavam pelo nosso açúcar preços astronômicos - enquanto nos vendiam seu petróleo por uma bagatela - retornaram vestidos de terno e gravata. Aterrizaram na iha que uma vez subsidiaram, porém desta vez para comercializar suas obras impressas em cores brilhantes e temáticas alheias ao marxismo.

Na esplanada da Fortaleza de la Cabaña se entrecruzaram as longas filas para comprar os novos títulos chegados do Leste. Meninos aqui e alí folheam as páginas onde aparecem espigas de milho douradas e gente coberta por chapéus com enormes protetores de orelhas. Porém já não é o mesmo. A presença obrigatória que uma vez essa iconografia teve em nossas vidas é, para esses pequeninos de hoje, mera curiosidade pelo exótico. Em suas mentes infantis, os abetos não substituirão as palmeiras nem as raposas as lagartixas; Rússia será para eles só uma região longínqua e diferente.

Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto

Última actualización el Jueves, 18 de Febrero de 2010 15:10
 
Sem rumo PDF Imprimir E-mail
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Jueves, 11 de Febrero de 2010 14:44

Por YOANI SÁNCHEZ

Nos habituamos a cifras manipuladas para cima, ao secretismo quando algo ia mal e a um produto interno bruto que nunca refletia o conteúdo de nossos bolsos. Durante décadas os informativos econômicos tiveram a capacidade de esconder, atrás de páginas cheias de números e análises, a gravidade dos problemas. Entre os diplomados na ciência inexata das finanças, houveram alguns que se atreveram a desmascarar a falsidade de certos números - como Oscar Espinosa Chepe - e foram penalizados com um “plano pijama” de desemprego e estigmatização.

Nesta semana a leitura da análise -séria e bem argumentada - publicada pelo presbítero Boris Moreno na revista Palavra Buena aumentou meu nervosismo sobre o colapso que se avizinha de nós. Com o sugestivo título de “Onde vai a barca cubana? Um olhar no ambiente econômico”, o autor nos alerta sobre a queda - vertiginosa - do estado material e financeiro da Ilha. Palavras que deveriam aterrorizar-nos, não fosse porque os ouvidos se nos tornaram um tanto impermeáveis às más notícias, de tanto mergulharmos nas águas da improdutividade e da escassez.

Concordo com o Mestre em Ciências Econômicas em que a primiera e mais importante medida a ser tomada é o “compromisso formal do governo em reconhecer a capacidade de opinar de todos os cidadãos sem que isto implique em represálias de nenhum tipo. Deveríamos eliminar de nosso ambiente os qualificativos que restringem o intercâmbio de ideias e opiniões”. Depois de ler isto pensei na minha vizinha, contadora aposentada, dizendo em voz alta seus critérios sobre a necesidade de permitir a empresa privada sem que isto lhe granjeie um comício de repúdio em frente a sua porta. Dá trabalho planejar algo desse tipo, já o sei, porém acaricio a ideia de que algum dia - sem temor de que sejam acusados de “mercenários a soldo de uma potência estrangeira” - milhares passarão a fazer seus balizamentos e a pedir soluções. Que enorme capital Cuba recuperará!

Ainda que as arcas não se encham com propostas e arrazoados, nossa experiência mostra que o voluntarismo e as exclusões só contribuiram para esvaziá-las.

Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto

Última actualización el Jueves, 11 de Febrero de 2010 14:46
 
“Anjos da guarda” PDF Imprimir E-mail
Escrito por Fuente indicada en la materia   
Domingo, 07 de Febrero de 2010 12:51

Por YOANI SÁNCHEZ

Vejo policiais por todas as partes. Não sei se os tenho impressos na retina ou se nos últimos meses têm aumentado - alarmantemente - seu número. Vão em caminhões Mercedez Benz, param a tres nas esquinas e até mostram seus cães pastores em vários pontos da cidade. Enquanto centenas de modernas e arredondadas câmeras nos olham de cima, estes uniformizados nos controlam ao nível da rua e de suas calçadas quebradas. Saem do nada e desaparecem quando mais nos fazem falta. Sagazes em detectar um saco de cimento transportado sem documentos, raramente surgem a noite num bairro marginal onde o número de delitos cresce sem parar.

Também estão vestidos de civil, esses “anjos da guarda” que têm presença fixa em qualquer fila, centro cultural ou aglomeração humana. Já não são tão fáceis de detectar, porque mudaram os pulôveres de listras, as camisas quadriculadas e o corte militar dos seus penteados, por disfarces que vão de trancinhas com contas e colares até cuecas aparecendo acima das calças. Agora portam telefones celulares, óculos de sol e sandálias de couro, porém continua-se notando que estão fora de lugar, com a expressão de quem não se encaixa na situação sobre a qual informam. Vão ao Festival de Cinema, porém nunca viram um filme de Fellini; estão nas galerias, não obstante serem incapazes de concluir se o que vêem é um quadro figurativo ou abstrato. Finalmente os ensinaram a se camuflar, porém não puderam apagar-lhes o rictus de desprezo que mostram ante essas “debilidades pequeno burguesas” que são a arte e suas manifestações.

Com certeza, o que mais temo não é o grupo dos que levam a placa de metal numerada sobre o peito nem aos encobertos que redigem informes, senão ao policial coercitivo que todos levamos dentro. Esse que soa o apito do medo para nos advertir que não nos atrevamos e que agita as algemas da indiferença cada vez que acumulamos as críticas ou as opiniões. Passou pela Academia da autocensura e é um soldado destro em mostrar-nos os caminhos que não nos trazem dificuldades. “Não te metas em problemas” e 2do “O que fizeres não vai mudar nada”. Se nos levantamos um dia com vontade silenciar o som de suas botas dentro da nossa cabeça, então nos lembra das grades, dos tribunais, do frio de uma prisão de província. Não precisa levantar o porrete contra nossas costelas, pois sabe tocar as molas do medo e executar os golpes de karatê que deixam nosso corpo dolorido por antecipação, imobilizado, ante a frase de “Fica tranquilo, é melhor esperar”.

Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto

Última actualización el Domingo, 07 de Febrero de 2010 12:53
 
Duas moedas e quatro mercados PDF Imprimir E-mail
Escrito por Fuente indicada en la materia   
Domingo, 07 de Febrero de 2010 12:49

Por YOANI SÁNCHEZ

Tem oito anos e uma enorme confusão. Hoje pela manhã sua mãe colocou na sua mão uma moeda de 25 centavos depois de dizer-lhe “aqui tens cinco pesos”. Olhou a superfície brilhante com o escudo da república entalhado numa face e no verso a alta torre da cidade de Trinidad. Contudo nasceu num país econômicamente esquizofrênico, ainda não está acostumada a alternar pesos cubanos pelos seus parentes conversíveis. Na escola a professora nunca lhe falou sobre o assunto; para explicá-lo seria necessária toda uma matéria por um semestre. Tampouco lhe esclareceram muito em casa, como se aos adultos parecesse normal que nos bolsos se misturassem dois exemplares monetários.

Em Cuba existem quatro formas de mercado e dois tipos diferentes de dinheiro para se usar. Cada manhã as donas de casa esboçam em suas cabeças - sem muita confusão - o plano com o qual eles serão usados e em que lugar. É uma operação aritmética que leva uns segundos, fortalecida por tres quinquenios de assumida dolarização e seu posterior “fantasma’, o peso conversivel. A conversão é feita constantemente e existem vendedores que aceitam tanto esses bilhetes simbólicos que nos entregam como salário como os outros com um valor 24 vezes maior. Por um abacaxi podemos pagar tanto 10 pesos em moeda nacional - o soldo de uma jornada de trabalho - como cinquenta centavos do popularmente chamado “chavito”. Alguns turistas não estão a par de semelhante complexidade e adquirem a rainha das frutas com uma dezena de pesos conversiveis. Nesse dia o comerciante fecha rápido a loja e volta para casa feliz com o equívoco.

A geração do meu filho não compreende como seria viver com uma só moeda. Creio que têm uma evolução especial no cérebro onde se termina por aceitar o absurdo, nessas conexões neuronais em que tramita o inadmissivel. Realizam as conversões cambiais com a facilidade de quem aprendeu duas línguas desde pequenos e as intercalam sem grande esforço. Só que a aprendizagem de vários idiomas sempre é algo enriquecedor, porém assumir como natural a dualidade financeira é aceitar que existem duas vidas possiveis. Uma delas é achatada e cinzenta, como os centavos nacionais e a outra - que está, em toda sua extensão, fora do alcance para uma boa parte da população - que parece cheia de cores e filigranas, no estilo do bilhete de vinte pesos conversiveis.

Nota do tradutor:

Resumidamente, Cuba tem duas moedas. Moeda Nacional (peso cubano) é o dinheiro com que os salários são pagos e alguns produtos são vendidos. O peso conversivel (CUC) é a moeda que os turistas devem possuir pela troca de dólares, euros, ou outra moeda. Muitos produtos são vendidos, mesmo para os cubanos, somente em CUCs. Um CUC vale 24 pesos cubanos. Após a Revolução, possuir dólares em Cuba era contra a lei até 1993, quando isto tornou-se permitido. O CUC tomou o lugar do dólar americano em 2004. O nome em gíria para o CUC, “chavito”, é uma brincadeira com o nome de Hugo Chavez que é tão detestado como essa moeda pelos cubanos.

Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto

Última actualización el Domingo, 07 de Febrero de 2010 12:51
 
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