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Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 21 de Agosto de 2011 10:58

“Talvez a maior transformação tenha sido na mudança de uma visão política da economia por uma visão econômica da política”, diz o escritor Leonardo Padura Fuentes neste artigo sobre os cinco anos passados desde o anúncio da saída de Fidel Castro.

Com o passar do tempo, percebeu-se que a retirada de Fidel não era temporária. Há cinco anos foi feito o anúncio público, por Fidel Castro, informando que por razões de saúde delegava “provisoriamente” seus altos cargos à frente do Estado e do governo cubanos e colocava suas responsabilidades nas mãos de uma junta de cinco pessoas, encabeçada por seu irmão Raúl Castro, até que seu estado físico permitisse seu retorno.

Com os meses, foi ficando evidente que o regresso planeado pelo então Primeiro Secretário do governante e único partido admitido em Cuba, o comunista, não seria tão imediata e, pouco depois, se revelou que seria impossível, e foi anunciada sua retirada da vida política activa, mas não da política.

O afastamento do líder da revolução de 1959, e por muitos anos ocupante dos máximos cargos do país, gerou uma dúvida que, um ano depois, começou a tomar forma: uma Cuba sem Fidel à frente seria igual a uma Cuba governada por Fidel? Hoje, cinco anos depois, talvez seja impossível aventurar uma resposta de certas sonoridades socráticas: a Cuba de hoje é a mesma de Fidel, mas, ao mesmo tempo, bastante diferente da que Fidel governava.

Sem que as essências do sistema socialista cubano e sua projecção política tenham mudado substancialmente, as estruturas e concepções sociais e económicas sofreram uma violenta alteração, muito visível em dois ou três itens altamente significativos: mudança total da equipe de governo encarregada da economia (e não apenas a economia), reanimação e ampliação do trabalho por conta própria e as potencialidades da propriedade privada, guerra à corrupção de alto nível, modificações da retórica triunfalista por uma mais realista, entre outras variações.

Nos cinco anos transcorridos, talvez a maior transformação tenha sido na mudança de uma visão política da economia por uma visão económica da política. A revelação das proporções da ineficiência económica imperante no país forçou um necessário saneamento de seus mecanismos financeiros, produtivos e comerciais como condição para a sobrevivência de um modelo político. Daí a revogação de medidas de puro carácter político que impediam a arrecadação de dinheiro (telefonia celular, venda de eletrodomésticos e computadores, abertura das instalações turísticas aos cidadãos cubanos, etc.) e outra, inclusive mais profunda, como uma nova divisão das improdutivas terras estatais com produtores privados e a abertura da microempresa individual ou familiar como fonte de geração de bens e recursos, de arrecadação de renda pelos impostos e de absorção de mão de obra, exactamente quando o governo “descobria” que o pleno emprego cubano escondia a existência de mais de um milhão de trabalhadores pagos pelo Estado sem real conteúdo de trabalho.

Aos que vivem em Cuba todos estes anos quase parece incrível que o evidente finalmente tenha se transformado em política de Estado, com a eliminação de métodos de mobilização tão arraigados como o do trabalho voluntário, por ser considerado improdutivo e não rentável, das brigadas estudantis que anualmente tinham de sacrificar parte de suas férias em trabalhos para os quais não estavam aptos e que geravam mais gastos do que benefícios, ou a supressão dos centros de ensino médio localizados fora da cidade com a intenção de facilitar a combinação do estudo com o trabalho, sem que ao final nenhum dos dois rendesse: nem o estudo nem o trabalho, e menos ainda a formação ética e civil desses jovens.

No puro terreno político talvez o fato mais significativo resida na libertação de mais de meia centena de presos, na maioria detidos na primavera de 2003 e condenados a longas penas. Graças à mediação da Igreja Católica e à intervenção da Espanha como facilitadora, cerca de 90% desses ex-presos hoje estão fora de Cuba, e, com sua libertação, o governo de Raúl Castro conseguiu resolver uma crise política, aberta com a morte do grevista de fome Orlando Zapata, e que ameaçava complicar-se com o possível falecimento do dissidente Guillermo Fariñas.

E, enquanto era tirada pressão da onda política, colocava-se mais fogo na guerra contra a corrupção de funcionários públicos, e, só neste ano de 2011, já são 36 os burocratas, incluídos um ex-ministro e um ex-vice-ministro, julgados e condenados…

No entanto, foi em abril deste ano, durante a realização do VI Congresso do Partido Comunista, que Raúl Castro fez o anúncio que definitivamente distingue sua forma de fazer política: junto com a ordem de ser imposta uma mudança radical de mentalidade para dirigir e viver em um país que começa a ser diferente, comunicou a decisão de que os altos cargos do governo e do Estado só poderão ser exercidos por dois períodos de cinco anos. Essa mudança de estilo e projecção, inédita em um Estado socialista de partido único, e mais profunda do que aparenta vista do presente, parece marcar o fim de um modelo de governo e de uma forma de fazer política, para outro que poderá ser de muitas maneiras, mas desde já diferente da patenteada por Fidel Castro em seus mais de 46 anos à frente do país.

Fonte: Leonardo Padura Fuentes

Artigo publicado no Envolverde/IPS

 

* Leonardo Padura Fuentes é escritor e jornalista cubano. As suas novelas foram traduzidas para mais de 15 idiomas, e a sua obra mais recente – “O Homem que Gostava de Cães” – tem como personagens centrais Leon Trotski e o seu assassino, Ramón Mercader.

Artigos relacionados: Arranca o “novo modelo cubano” com mais de meio milhão de despedimentos Fidel Castro diz que modelo económico cubano não funciona

 

Última actualización el Domingo, 21 de Agosto de 2011 11:08
 

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