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O "boi no pasto", versão Chávez PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 16 de Enero de 2010 13:24

Por CLÓVIS ROSSI.

O desagradável de estar há tanto tempo na estrada da notícia é que fica cada vez mais difícil ver um filme novo, pelo menos na América Latina.

Por isso, ao ler as ameaças de Hugo Chávez, o presidente venezuelano, de tomar os comércios que aumentarem os preços, não há como não lembrar da ameaça do governo Sarney, no Brasil de 1986, de caçar o boi no pasto, "manu militari", para pôr carne nos açougues e manter o congelamento de preços da época.

Ajuda-memória sobre como terminaram o congelamento de preços, primeiro, e o próprio governo José Sarney, três anos depois: 80% de inflação mensal e 80% de impopularidade do presidente.

É razoável imaginar que Chávez repetirá Sarney? Na inflação, muito provavelmente sim. Já foi de 25% no ano passado, a mais alta da América Latina, e a desvalorização do mal chamado "bolívar fuerte" no fim de semana vai jogar combustível nessa fogueira.

O próprio ministro de Finanças, Ali Rodríguez, admite que a desvalorização acrescentará de 3 a 5 pontos percentuais à inflação. No setor privado, a previsão é mais sombria: Oscar Meza, diretor do centro de pesquisa Cendas, acha que a inflação irá a 33%, oito pontos, portanto, acima do ano passado.

E o HSBC aposta mais ou menos no mesmo patamar (34%, para ser exato).

Pelo menos no Brasil, há pesquisas que mostram que a curva de popularidade do presidente é inversamente proporcional à curva de subida dos preços: sobem os preços, cai a popularidade do presidente; mantêm-se os preços (ou caem) e o presidente ganha aplausos.

É razoável imaginar que, na Venezuela, não será diferente. Mas é preciso introduzir matizes. Hoje por hoje, o país vive o pior dos mundos: inflação alta com estancamento econômico (a economia retrocedeu 2,9% no ano passado).

Essa, sim, é uma combinação mortal. E é ela que explica a desvalorização de sexta-feira: o governo ganha, porque foram estabelecidos dois câmbios diferentes, um dólar mais barato para importações essenciais (alimentos, por exemplo) e um dólar que já está sendo chamado de dólar-petróleo, o dobro da cotação anterior.

Logo, o governo terá mais recursos para investir na reativação da economia e nos programas sociais que lhe conferem razoável popularidade, ainda que em queda.

É bom ter presente que o desemprego, pelo menos o aberto, é baixo (6,6% no ano passado, ano de crise, apenas meio ponto percentual acima de 2008) e que a pobreza se reduziu para algo em torno de 25%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas. Pode-se ou não acreditar nos números oficiais, mas não há outros alternativos à mão.

O alvo óbvio da desvalorização e das ameaças de transferir "aos trabalhadores" os comércios que aumentarem os preços são as eleições legislativas de setembro. Desta vez, a oposição, que cometeu o suicídio político de não se apresentar no pleito anterior (2005), estará presente e pode até obter a maioria.

Seria um óbvio desastre para o presidente. Ou até pior, segundo o sociólogo alemão Heinz Dieterich, considerado um dos ideólogos do "chavismo", em artigo recente para o sítio "kaosenlared":

"Se o partido de Hugo Chávez perder as eleições, o processo bolivariano chega ao fim. A possibilidade de derrota é muito real, porque o presidente não quer entender (...) que seu modelo de governo 2003-2007 não serve mais para parar o avanço do projeto imperialista-oligárquico".



Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às quintas e domingos na página 2 da Folha e, aos sábados, no caderno Mundo. É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo e "O Que é Jornalismo".

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