"No es posible que se violen los derechos humanos en Cuba y la UE siga haciendo concesiones"

Pedro Antonio Albert, el hijo del profesor encarcelado Pedro Albert Sánchez, instó ...

Mientras impulsan la reforma agraria en Brasil, crecen los conflictos por la tierra y los más afecta

El martes, el lobby del agronegocio en la Cámara de Diputados aprobó ...

Venezuela: el penúltimo via crucis, Por Beatrice E Rangel

Los inicios del Siglo XXI venezolano serán recogidos por la historia como ...

El director de la agencia atómica de la ONU advirtió que Irán está a “semanas, no meses” de poder ar

En recientes declaraciones a Deutsche Welle, Rafael Mariano Grossi, director de la ...

Censura no Brasil pode resultar no impeachment de Alexandre de Moraes?

No programa de hoje, Deltan Dallagnol e os advogados Fabiana Barroso e ...

Um cubano: "O Hendrix do Alaúde" PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 30 de Abril de 2011 14:00

Faz solos com o instrumento nas costas, toca até com os dentes, faz as cordas de náilon parecerem extensão de suas cordas vocais. Essa parece a descrição que alguém fez de Jimi Hendrix, o superlativo guitarrista do rock, certo? Sim, mas é também a descrição de um notável músico cubano, Barbarito Torres, de 55 anos, que toca com delírio e eletricidade um instrumento de 14 séculos, o alaúde.

Mas esqueça qualquer ideia de tradição insular, aquela ilha de pureza isolada da "poluição" cultural do mundo. Barbarito Torres banhou-se nas águas da melhor tradição da música cubana, integrando grupos como Buena Vista Social Club, Afro Cuban All Stars e Sonora Matancera, mas ele mesmo se encarrega de abrir o leque.

"Quando eu solo com o alaúde nas costas, não é casual. Eu tenho realmente influência de Jimi Hendrix, do rock dos anos 60, e também do jazz, do samba que ouvíamos no rádio na infância. Sou um produto do meu tempo, embora meu instrumento pareça antigo e obsoleto", disse o alaudista ao Estado, anteontem, no meio de um ensaio para um show com uma big band de 14 músicos no Circo Voador, no Rio de Janeiro - que ele repete esta noite na Vila Madalena, no Grazie a Dio. Ontem, tocaria no Teatro Guaira, em Curitiba.

Barbarito já esteve no Grazie a Dio em 2009 e tocou no centro no ano passado, na Virada Cultural. Mas desta vez é um show de fechar o comércio, uma festa cubana completa, com trompete, trombone, percussão, baixo, cantores e o alaúde endiabrado do artista à frente. A orquestra tem dois convidados muito especiais: o veterano cantor Ignácio "Mazacote" Carrilo, de 84 anos (um debulhador de son, charanga, montuno, guajira, bolero e o que mais vier) e o pianista Rodolfo Argundín Justiz "Peruchin". Três gerações da música cubana num mesmo palco."Como sei que está todo mundo esperando por isso, tocarei também Chan Chan e Dos Gardenias", avisa o instrumentista (são dois sucessos do disco que ganhou o Grammy, Buena Vista Social Club, em 1998). Afora isso, quem estiver no gargarejo não pode deixar de pedir alguns clássicos do repertório do alaudista: Yo No Me Voy del Cañaveral, El Quichi Quichá, La Comparsa e Francisco Guayabal.

Barbarito fica no Brasil até o dia 3. Depois, volta para Havana. Em seguida, prepara-se para tocar no festival de jazz da Martinica, onde é um convidado especial. "Sou influenciado por todos os bons músicos com quem toco, como os brasileiros Marco Pereira e Hamilton de Holanda, que estão entre os "más grandes"", diz o músico. "Trabalhei com o Afro Cuban e com o Buena Vista, e até hoje me espanto como essa música alcançou o mundo. Ainda toco com eles, com Omara Portuondo, com Manuel Guajiro Mirabal, mas de maneira provisória. Me encanta trabalhar com eles todos", conta Barbarito. "Hoje, meu grupo é muito familiar. Meu filho toca violão na minha banda, assim como minha esposa, minha filha, minha irmã. Nesse momento, estamos gravando um novo disco em Cuba. Eu mesmo produzo: sou o produtor de todos meus discos."

Nascido Bárbaro Alberto Torres Delgado em Matanzas, ele começou na carreira nos anos 1970, no grupo Serenata Yumurina, dirigido por Higinio Mullens. Em 1973, entrou no exército cubano, onde tocou na banda militar, uma big band jazzística. Ao dar baixa, entrou no Siembra Cultural, que mais tarde seria batizado como Grupo Yarabí. Logo integraria a Orquesta Cubana de Cuerdas e também o Cuarteto Tradicional Matancero.

Sua performance elétrica foi registrada pelo clarinetista Javier Zalba em Barbarito"s Dance, Barbarito explica que sua reputação como expoente da música guajira (ou campesina) tem muita relação com o instrumento que escolheu, o alaúde, porque é nele que se expressam os grandes autores do gênero. "O alaúde é o líder dessa música, que de fato é bastante similar à sua música caipira. Mas eu toco de tudo. Tenho muita proximidade também com o jazz", diz. Conta que esteve na semana passada com o maestro Juan de Marco Gonzalez, cérebro da recente diáspora da música cubana, e que proximamente pode pintar uma nova colaboração com o Afro Cuban All Stars.

Última actualización el Sábado, 30 de Abril de 2011 14:18
 

Add comment


Security code
Refresh

'Corriente y comida' también es 'Patria

Indicado en la materia

Por RAFAELA CRUZ.- Es difícil encontrar una revolución de esas que han cambiado el destino de una nación o de la humanidad toda, que no haya cuajado a partir del infortunio económico ag...

El rescate ruso de Cuba se evapora

Indicado en la materia

Por EMILIO MORALES.- Mientras Cuba se apaga, las esperanzas sembradas por el PCC de un rescate financiero ruso a raíz del anuncio de que Cuba adoptaría el modelo ruso, se han desinflado a la...

Raúl Castro: el general en su derrota

Indicado en la materia

Por RAFAELA CRUZ.-  Si se mezcla cobardía patológica con nulidad intelectual se obtiene un Raúl Castro. Lo de este general con más estrellas en la charretera que tiros disparados en combate —s...

En Cuba sí que hay una crisis humanitari

Indicado en la materia

Por ROBERTO ÁLVAREZ QUIÑONES.-  ¿Cuál es la definición internacional de crisis humanitaria? Con total exactitud no hay ninguna. El consenso en Naciones Unidas y entre los expertos es que hay una crisis hu...

La “Revolución Cubana”, un bodrio carent

Indicado en la materia

Por Jorge Hernández Fonseca.-  Todo lo mal hecho se justifica en la Cuba de los hermanos Castro como siendo producto de lo que la dictadura llama “bloqueo imperialista” de los Estados Un...

La llamada “Revolución Cubana” fracasó

Indicado en la materia

Por Jorge Hernández Fonseca.-  No solamente la “Revolución Cubana” fracasó, como que es una verdadera vergüenza que hombres que tuvieron el coraje de alzarse en armas contra una dictadura política (si ...

Cuba: La isla de los sueños traicionados

Indicado en la materia

Por Jorge Hernández Fonseca.-  Existe en la Cuba castrista actual una decisión firme: cambiar su régimen económicamente socialista y estatista, a un régimen capitalista mafioso estilo ruso. Será capitalista porque se re...