A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta sexta-feira as recentes detenções do dissidente cubano Guillermo Fariñas e de outros opositores políticos e exigiu ao Governo de Cuba que acabe com a "repressão".

A SIP, com sede em Miami, também pediu ao Governo cubano a libertação de outros jornalistas independentes. "Continuamos sendo testemunhas da repressão do regime cubano, que não diminuiu, apesar de a propaganda governamental pôr ênfase nas mudanças nas condições de vida", afirmou Gonzalo Marroquín, presidente da SIP.

Fariñas, quem foi detido duas vezes na cidade de Santa Clara nas últimas 48 horas, foi libertado nesta sexta-feira sob a advertência de que pode voltar a ser detido se continuar saindo às ruas junto a outros opositores.

Sua primeira detenção, que durou cerca de seis horas, ocorreu no dia 26 por ele participar junto a outros opositores de um ato de protesto pelo despejo de uma mulher grávida.

A segunda detenção aconteceu na quinta-feira quando se dirigia junto a outros 16 dissidentes a uma estação policial para averiguar a situação de um opositor detido horas antes.

"Continuamos sendo testemunhas da repressão do regime cubano, que não diminuiu, apesar de a propaganda governamental pôr ênfase nas mudanças nas condições de vida", afirmou Gonzalo Marroquín, presidente da SIP.

Segundo Marroquín, este ato "desmascara a intolerância do Governo (cubano) em relação às liberdades individuais e sociais".

A organização internacional Human Rights Watch (HRW) disse esta semana em seu relatório sobre a situação dos direitos humanos que "Cuba continua sendo o único país da América Latina onde se reprimem quase todas as formas de dissidência política".

A HRW denunciou que "são muitos os jornalistas, defensores de direitos humanos e dissidentes que permanecem na prisão (em Cuba), e o Governo recorre a detenções breves e arbitrárias para castigar seus críticos".