"No es posible que se violen los derechos humanos en Cuba y la UE siga haciendo concesiones"

Pedro Antonio Albert, el hijo del profesor encarcelado Pedro Albert Sánchez, instó ...

Mientras impulsan la reforma agraria en Brasil, crecen los conflictos por la tierra y los más afecta

El martes, el lobby del agronegocio en la Cámara de Diputados aprobó ...

Venezuela: el penúltimo via crucis, Por Beatrice E Rangel

Los inicios del Siglo XXI venezolano serán recogidos por la historia como ...

El director de la agencia atómica de la ONU advirtió que Irán está a “semanas, no meses” de poder ar

En recientes declaraciones a Deutsche Welle, Rafael Mariano Grossi, director de la ...

Censura no Brasil pode resultar no impeachment de Alexandre de Moraes?

No programa de hoje, Deltan Dallagnol e os advogados Fabiana Barroso e ...

Lula recua sobre Holocausto, mas sem se desculpar PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 24 de Febrero de 2024 23:54

Por Tales Faria.-

"Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista, em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel." Foi isto que pediu o presidente Lula durante evento nesta sexta-feira (23) no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

A verdade é que o mandatário de Israel resolveu surfar naquela declaração de Lula durante a entrevista de Adis Abeba.

Benjamin Netanyahu usou a fala de Lula para criar uma cortina de fumaça capaz de encobrir as fortes críticas internacionais que vem sofrendo - até em seu país - pela matança que seu governo promove sobre civis na Faixa de Gaza… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/tales-faria/2024/02/24/lula-recua-sobre-holocausto-mas-sem-se-desculpar.htm?cmpid=copiaecola


"Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista, em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel." Foi isto que pediu o presidente Lula durante evento nesta sexta-feira (23) no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Lula recua sobre Holocausto, mas sem se desculpar | Tales Faria - YouTube

A verdade é que o mandatário de Israel resolveu surfar naquela declaração de Lula durante a entrevista de Adis Abeba. Benjamin Netanyahu usou a fala de Lula para criar uma cortina de fumaça capaz de encobrir as fortes críticas internacionais que vem sofrendo - até em seu país - pela matança que seu governo promove sobre civis na Faixa de Gaza.

 

Ele disse que as palavras de Lula eram vergonhosas e graves, que o brasileiro comparou a atuação de Israel ao Holocausto nazista e a Hitler e que, portanto, "cruzou a linha vermelha".


No evento desta sexta-feira, Lula não citou a matança de judeus na Alemanha mas reafirmou (abre aspas): "O que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças."

Então fui atrás do que Lula pediu nesta sexta-feira: para vermos exatamente o que ele havia dito naquela entrevista de Adis Abeba. Bem, ele falou o seguinte. Abre aspas novamente: "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus".


 

Vamos por partes: o que está existindo na Faixa de Gaza é uma matança generalizada contra a população palestina na região.

É genocídio? Pode não ser, na medida em que não se está tentando exterminar um povo, mas retirá-lo de uma região. A quantidade de mortos, no entanto, é comparável à de alguns eventos considerados genocídio pelos estudiosos.


 

Por exemplo o extermínio de 80% do povo Herero e 50% do povo Nama, entre 1904 e 1908, é considerado o primeiro genocídio do século passado. Essas sociedades foram exterminadas pelas forças alemãs do Segundo Reich, no território da atual Namíbia, no sudoeste africano.

Aproximadamente, 65.000 Herero e 10.000 Nama foram mortos naquele genocídio. Na Faixa de Gaza, já morreram 30 mil pessoas e é bem possível que esse número aumente, se Netanyahu não for detido.


Mas, mesmo que não se considere o caso de Gaza como genocídio, o fato é que está ocorrendo ali uma matança generalizada.


 

Isso é inegável, embora também seja inegável que o Holocausto judeu teve proporções gigantescas que fazem não valer a pena a comparação feita por Lula.

E, de fato, embora ele não tenha atacado o povo judeu, nem o judaísmo ou coisa parecida, a verdade é que a simples comparação, devido ao tamanho do evento fere a memória dos Judeus.


Vale lembrar o que disse, nesta quarta-feira, o líder do governo no Senado, o petista baiano Jaques Wagner. Ele citou uma conversa com o presidente Lula em que aconselhou:


 

"Não tire uma palavra do que Vossa Excelência disse, a não ser o final, que, na minha opinião, não se traz à baila o episódio do Holocausto para nenhuma comparação. Porque fere sentimentos, inclusive os meus, de familiares perdidos naquele episódio."

O final a que Wagner se refere é aquele trecho em que Lula afirmou que evento semelhante ao da Faixa de Gaza ocorreu, abre aspas, "quando Hitler resolveu matar os judeus".


É claro que Lula se referia à atitude do Netanyahu, não à dos judeus ou dos israelenses em geral. Mas o fato é que feriu sentimentos, não devia ter feito a comparação.


 

A releitura pedida pelo presidente Lula, então, mostra que ele não atacou os judeus em geral, mas fez de fato a comparação, abrindo espaço para Netanyahu fazer uso político do evento na sua narrativa sobre a matança de palestinos que está promovendo na Faixa de Gaza.

Lula errou, sabe que errou, mas não pode simplesmente se desculpar de joelhos, como cobra o primeiro-ministro de Israel. Está tentando seguir o conselho de Jaques Wagner e apagar o trecho da entrevista em que fez a fatídica comparação. Recuou, mas não recuou.


 

Como velho adepto de frases futebolísticas, para tentar driblar o infortúnio, Lula fez que foi mas não foi. Não sei se chegará ao gol e nem sequer à pequena área. Depois de um drible mal dado, fica difícil um segundo drible.


UOL.COM.BR


Última actualización el Sábado, 16 de Marzo de 2024 11:27
 

Add comment


Security code
Refresh

'Corriente y comida' también es 'Patria

Indicado en la materia

Por RAFAELA CRUZ.- Es difícil encontrar una revolución de esas que han cambiado el destino de una nación o de la humanidad toda, que no haya cuajado a partir del infortunio económico ag...

El rescate ruso de Cuba se evapora

Indicado en la materia

Por EMILIO MORALES.- Mientras Cuba se apaga, las esperanzas sembradas por el PCC de un rescate financiero ruso a raíz del anuncio de que Cuba adoptaría el modelo ruso, se han desinflado a la...

Raúl Castro: el general en su derrota

Indicado en la materia

Por RAFAELA CRUZ.-  Si se mezcla cobardía patológica con nulidad intelectual se obtiene un Raúl Castro. Lo de este general con más estrellas en la charretera que tiros disparados en combate —s...

En Cuba sí que hay una crisis humanitari

Indicado en la materia

Por ROBERTO ÁLVAREZ QUIÑONES.-  ¿Cuál es la definición internacional de crisis humanitaria? Con total exactitud no hay ninguna. El consenso en Naciones Unidas y entre los expertos es que hay una crisis hu...

La “Revolución Cubana”, un bodrio carent

Indicado en la materia

Por Jorge Hernández Fonseca.-  Todo lo mal hecho se justifica en la Cuba de los hermanos Castro como siendo producto de lo que la dictadura llama “bloqueo imperialista” de los Estados Un...

La llamada “Revolución Cubana” fracasó

Indicado en la materia

Por Jorge Hernández Fonseca.-  No solamente la “Revolución Cubana” fracasó, como que es una verdadera vergüenza que hombres que tuvieron el coraje de alzarse en armas contra una dictadura política (si ...

Cuba: La isla de los sueños traicionados

Indicado en la materia

Por Jorge Hernández Fonseca.-  Existe en la Cuba castrista actual una decisión firme: cambiar su régimen económicamente socialista y estatista, a un régimen capitalista mafioso estilo ruso. Será capitalista porque se re...