Nova condena ao racismo na ilha

Um grupo de cubanos negros acusou ao governo da Havana de tratar de desvirtuar a verdade sobre o racismo na ilha e agradecer o apoio recebido por uns 60 afro-americanos.

UAN TAMAYO

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A propaganda cubana quer fazer acreditar ao mundo que somente com Cuba, e com o comunismo, é possível um mundo sem explorados nem racismos'', afirmou a declaração assinada por 27 cubanos titulada ``A mentira indigesta''.

Emitida o 22 de Dezembro, a declaração é a primeira ação conjunta de membros de diferentes grupos anti-racistas denunciando a opressão racial em Cuba, segundo Victoria Ruiz Labrit, uma ativista em Miami, que apóia aos grupos em Cuba.

Entre os assinantes estão o ativista Jorge Luis García Pérez ``Antúnez'' e José Idelfonso Vélez, Coordenador Nacional do Movimento da Integração Racial Juan Gualberto Gómez.

A declaração se referiu principalmente a um documento, publicado este mês no diário Granma por um grupo de cubanos que apóiam ao governo, e que defende as políticas raciais da ilha e menciona a ajuda que Cuba tradicionalmente tem brindado aos países africanos.

Não se trata da África, mas, ``do racismo em Cuba e querer socavar esta realidade imbatível é um ato de servilismo y covardia'', indicam os assinantes da ``A mentira indigesta''. ``É um ato de bandolerismo informativo e de insensibilidade pueril''.

``Os afro-cubanos que vivemos na marginalidade e por debaixo do nível de pobreza, sabemos o duro que resulta ser odiado e menosprezado pela cor negra da nossa pele''. Agregam que para ``os que assinam o artículo do Granma (...) é dormir à sombra do regime que discrimina, encarcera e mata a seus irmãos negros, e só por ser negros''.

Os dissidentes negros também agradeceram o apoio de um grupo de 60 afro-americanos que tradicionalmente têm defendido ao governo cubano, mas, o mês passado lançaram una dura crítica contra o racismo em Cuba.

``Para os que assinamos esta declaração, acreditamos que tem sido um ato de valentia desinteresse pleno, o que nossos irmãos afro-americanos se solidarizem com a nossa causa'', indicaram.

``A eles, assinantes de medular e valente documento, dizemos que estão no caminho correto'' afirmaram. ``Tudo o que expressam é a realidade do dia a dia em relação com a problemática racial y o abuso contra o negro em Cuba''.

Fonte: El Nuevo Herald

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