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CRISE NA VENEZUELA: O QUE DEU ERRADO? PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 10 de Diciembre de 2018 13:22

Pode parecer difícil de acreditar, mas, um dia, a Venezuela foi o país mais rico da América Latina. De acordo com o portal Conversation, entre 1958 e 1977, o PIB do país cresceu 250%, indicando um futuro promissor. De lá para cá, no entanto, a Venezuela mergulhou em uma crise aparentemente sem saída, marcada pelo enorme fluxo de migrantes e pelas revoltas motivadas pela falta de alimento.


“A transformação pela qual a Venezuela passou foi tão radical e completa que é difícil acreditar que tenha ocorrido sem uma guerra”, afirmam os autores venezuelanos especialistas em política e desenvolvimento econômico Moisés Naím e Francisco Toro.

 

 

O desenvolvimento do país começou a ser afetado ainda na década de 1970, com o colapso no preço do petróleo, principal produto venezuelano. Entre 1982 e 1986, a inflação variou de 6% a 12%. Em 1989, ela chegou a 81%. Na década de 1990, durante o governo de Rafael Caldera Rodríguez, os salários eram baixos e a inflação continuava alta, mas o PIB voltou a crescer.

Em 6 de dezembro de 1998, há exatos 20 anos, Hugo Chávez foi eleito presidente com um discurso nacionalista e a promessa de ajudar os mais pobres. Com o objetivo de reduzir a pobreza e a desigualdade, implementou uma série de medidas, como o controle dos preços de mercado para tornar mais acessíveis os produtos básicos, como alimentos e produtos de higiene. Isso prejudicou as empresas produtoras, que se viram obrigadas a encerrar a produção.

“Para ser justo, o clientelismo havia sido uma prática comum na Venezuela por décadas. No entanto, Chávez levou essa prática a níveis sem precedentes. Essas políticas sociais lhe renderam popularidade, apesar de serem financeiramente insustentáveis. Hoje, estima-se que 60% dos venezuelanos são supostamente dependentes de doações do governo”, afirma Juan Carlos Hidalgo, analista de políticas públicas sobre a América Latina.

Amparado na boa fase do petróleo, Chávez de fato conseguiu reduzir a pobreza. Mas essa boa fase também serviu para reafirmar a dependência do país em relação ao petróleo, que continuou respondendo a 95% das receitas de exportação. Incapaz de aproveitar o momento para diversificar suas fontes de renda, o governo dizimou a produtividade da Venezuela – nacionalizou e expropriou indústrias chave, principalmente nos setores de alimentação, comércio e agronegócio.

Para a doutora Grace Livingstone, professora da Universidade de Cambridge e autora do livro America's Backyard ("Quintal dos Estados Unidos"), o governo chavista errou ao focar no curto prazo. As receitas provenientes do petróleo foram gastas nas importações, principalmente de alimentos baratos. "Qual era o sentido de distribuir terras para os camponeses pobres se o governo ia tornar impossível que eles vendessem seus produtos, porque não conseguiam competir com as importações de alimentos baratos?".

Em março de 2013, após a morte de Chávez, Nicolás Maduro foi eleito com 50,6% dos votos. O novo presidente abandonou o modelo chavista de redução da pobreza e implementou um governo baseado na intervenção total do Estado. De forma ainda mais rígida, o governo passou a controlar a economia, manipular os preços e intervir no câmbio.

A estatização dos principais setores da economia, como turismo, alimentação e energia, reduziu ainda mais a produtividade. Tudo isso foi somado à crise do petróleo de 2014, que, segundo Juan Carlos Hidalgo, influenciou, mas não causou, a atual crise econômica. “Ela expôs um setor produtivo arruinado, que não poderia satisfazer o consumo interno, e a natureza insustentável dos gastos do governo.”

Já para Grace Livingstone, o ponto de partida da crise foi a queda no preço do petróleo e a morte de Chávez, pois "o governo de Maduro foi particularmente ruim em administrar a crise econômica".

Ainda em 2014, as ruas foram tomadas por protestos que pediam a renúncia de Maduro. Diante da crise, o presidente passou a agir de forma vista como ditatorial, controlando a imprensa e perseguindo a oposição. Para conter a insatisfação popular e reduzir a pobreza, aumentou o salário mínimo, imprimiu mais dinheiro e rebatizou a moeda – ações populistas que elevaram ainda mais a inflação.

Para Jason Marczak, especialista em políticas da América Latina da organização Atlantic Council, “a economia da Venezuela foi de mal a pior, e de pior a horrível”. O agravamento da crise aumentou a escassez de produtos de necessidade básica e de matéria-prima para a indústria local. Os frequentes cortes de energia passaram a afetar residências, estabelecimentos comerciais e hospitais.

Para fugir da crise, muitos venezuelanos decidiram cruzar a fronteira para se abrigar em países vizinhos, como Brasil, Colômbia e Equador, em busca de melhores condições de vida. Aqueles que não encontram formas de escapar precisam lidar com o aumento da violência e a falta de produtos, vendidos a preços exorbitantes. Em 2017, cerca de 75% dos venezuelanos perderam uma média de 8,7 quilos de peso devido à escassez de alimentos.

Segundo Naím e Toro, a crise na Venezuela não foi resultado do governo socialista ou da crise do petróleo, mas de uma série de fatores que se somaram no decorrer dos últimos 40 anos. “Décadas de declínio econômico gradual abriram o caminho para Chávez, um demagogo carismático casado com uma ideologia antiquada, tomar o poder e estabelecer uma autocracia corrupta modelada e ligada à ditadura de Cuba.”

Por enquanto, o caos que assola a Venezuela não tem previsão de chegar ao fim. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma inflação de 10.000.000% para 2019. Já o PIB per capita deve cair 60% entre 2013 e 2023. As opções disponíveis para reverter essa situação são pequenas. “O risco agora é que a desesperança leve os venezuelanos a considerar o apoio a medidas perigosas, como uma invasão militar liderada pelos EUA, que poderia piorar a situação”.

UOL.COM.BR/Letícia Yazbek
Última actualización el Jueves, 13 de Diciembre de 2018 08:17
 

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