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Republicanos prometem revogar abertura com Cuba se vencerem eleições em 2016 |
Escrito por Indicado en la materia |
Jueves, 20 de Agosto de 2015 12:02 |
Os candidatos às primárias republicanas prometeram nesta sexta-feira dar marcha à ré na abertura com Cuba se ganharem as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, e criticaram o governo de Barack Obama por não ter convidado a dissidência à histórica reabertura de sua embaixada em Havana. "A visita do secretário de Estado, John Kerry, a Havana é um presente de aniversário para Fidel Castro (que fez 89 anos na quinta-feira). Um símbolo do consentimento do governo de Obama ao seu legado impiedoso", afirmou Jeb Bush, ex-governador da Flórida e segundo colocado de seu partido nas pesquisas para as primárias.
Filho e irmão de ex-presidentes, Jeb se referiu assim à viagem de Kerry a Cuba hoje para hastear a bandeira americana na embaixada em Havana, a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA à ilha desde 1945. Bush considerou que esta "reconciliação foi feita às custas da liberdade e da democracia que todos os cubanos merecem", e que a presença de Kerry na ilha é "especialmente insultante" para a dissidência. "Para os valentes cubanos, cujo único crime é pedir liberdade e democracia, estarem longe da cerimônia de abertura oficial da Embaixada dos Estados Unidos é outra concessão aos Castro", acrescentou. Na mesma linha se pronunciou outro dos favoritos nas primárias republicanas, Marco Rubio, senador pela Flórida e filho de um casal cubano que deixou a ilha antes da Revolução. "O presidente Obama recompensou o regime dos Castro por suas táticas repressoras e sua persistente e paciente oposição aos interesses americanos", disse Rubio em discurso em Nova York, quase ao mesmo tempo do hastear da bandeira americana na embaixada em Havana. O senador acusou Obama de terminar com uma política mantida durante meio século por presidentes dos dois partidos, e de permitir que o governo de Cuba ganhe "legitimidade internacional e estímulo econômico para continuar com sua repressão ao povo cubano". Rubio, como Jeb Bush, prometeu revogar esta abertura se chegar à Casa Branca: "ou continuam reprimindo sua gente e perdem as relações diplomáticas e os benefícios dados pelo presidente Obama, ou realizam reformas políticas e de direitos humanos significativas e recebem mais comércio, investimento e apoio dos Estados Unidos", disse. O outro aspirante republicano de origem cubana, o senador pelo Texas Ted Cruz, considerou que a normalização de relações com a ilha é "outro acordo ruim de Obama, (Hillary) Clinton e Kerry" que "não ajudará o povo cubano nem contribuirá para a segurança dos Estados Unidos". Os 17 candidatos às primárias republicanas são unânimes na oposição frontal à abertura com Cuba, embora a maioria deles não tenha feito deste tema uma prioridade de sua campanha. Já os candidatos às primárias democratas voltaram hoje a cerrar fileiras em torno da política do presidente Obama para Cuba e celebraram a histórica reabertura da embaixada em Havana após mais de meio século de inimizade. "A nova embaixada dos Estados Unidos em Havana nos ajuda a envolver o povo cubano e contribui para nossos esforços por uma mudança positiva. Bom passo para os povos dos Estados Unidos e de Cuba", escreveu a favorita democrata, Hillary Clinton, em mensagem em 1º de julho em sua conta no Twitter, posição reiterada hoje por sua equipe de campanha. "Aplaudo o presidente Obama e o secretário de Estado Kerry por avançarem rumo ao desenvolvimento de relações diplomáticas normais com Cuba", publicou hoje no Twitter Bernie Sanders, senador por Vermont e candidato às primárias democratas. "Dia histórico para a embaixada dos Estados Unidos em Cuba. Esperamos mais parceria e cooperação com nossos vizinhos", escreveu o ex-governador de Maryland, Martin O'Malley. No Congresso, de onde depende o fim do embargo comercial e econômico sobre Cuba, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, criticou Obama por ter retomado as relações com Cuba sem exigir da ilha mudanças democráticas. "Mais uma vez, a fixação do governo de Obama por colecionar títulos fazendo concessões a Estados-pária não provocou mudanças reais no comportamento (desses Estados) ou melhorou as vidas de seus cidadãos", assinalou Boehner hoje em comunicado. Já o senador democrata Bob Menendez, filho de imigrantes cubanos, considerou "vergonhoso" Cuba ter conseguido fazer com que não fossem convidados os dissidentes à cerimônia de abertura da embaixada em Havana. Kerry justificou a divisão em duas cerimônias (a oficial sem os dissidentes e outra posterior, fechada à imprensa, com eles) por definir a primeira como um "ato de governo para governo". EPOCA.COM |
Última actualización el Viernes, 28 de Agosto de 2015 11:18 |
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