O embargo dos Estados Unidos a Cuba deve terminar. Num discurso proferido esta terça-feira (12) na Assembleia Geral da ONU, vários países e organizações internacionais fizeram o apelo.

Os Estados Unidos confirmaram na terça-feira (13) que mantêm sua política de embargo econômico contra a ditadura em Cuba. "Nossa política segue em vigor. Nossa política para Cuba está focada na criação de melhores laços com o povo cubano", disse em entrevista coletiva o porta-voz do departamento de Estado Mark Toner.

A 67ª Assembleia Geral da ONU aprovou no mesmo dia a resolução intitulada "Deve-se pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA contra Cuba". Ao todo, 193 países membros participaram nesta votação, 188 países votaram a favor, dois abstiveram-se e apenas os EUA, Israel e a República de Palau votaram contra. A votação é levada a cabo por 22 anos consecutivos. A aprovação não é vinculativa e visa apenas sensibilizar a opinião pública internacional sobre o embargo.

O vice-representante permanente chinês na ONU, Wang Ming, afirmou que os bloqueios impostos pelos EUA já causaram perdas econômicas para Cuba. Além disso, violam o desenvolvimento e os direitos humanos do povo cubano. Wang Ming disse ainda que este embargo tem tido influências negativas nas relações entre Cuba e outros países. O governo chinês considera que todos os países têm de desenvolver as suas relações mútuas com base nos princípios estipulados pela Carta das Nações Unidas. Os direitos de escolha do sistema social e das políticas de desenvolvimento cabem a cada nação. Os países devem, além disso, opor-se a sanções militares, políticas ou econômicas. A China espera, por isso, que os EUA suspendam os bloqueios contra Cuba, a fim de promover a estabilidade e o desenvolvimento da América Latina e do Caribe.

O chanceler cubano, Bruno Rodriguez Parrilla, afirmou que os bloqueios são os principais obstáculos para o desenvolvimento socioeconômico de Cuba. Segundo um relatório, divulgado recentemente pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, os bloqueios a Cuba já causaram perdas econômicas no valor de um trilhão de dólares americanos.

Tomado de Google Noticias