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ELEIÇÕES NA VENEZUELA: SERÁ POSSÍVEL O FIM DO CHAVISMO? PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 04 de Octubre de 2012 18:11


A eleição presidencial mais disputada das três últimas décadas na Venezuela mantém em suspense na Venezuela que o 7 de outubro decidirá se aceita radicalizar o socialismo de Hugo Chávez ou aposta pelo giro ao centro que propõe seu rival Henrique Capriles. Uma possível derrota do chavismo suporia, além da alternância na Venezuela, uma mudança na política de América Latina.

Qualquer das duas opções suporá mudanças políticas de grande alcance na nação com maiores reservas mundiais de petróleo, onde a divergência de cenários que lança as sondagens alimenta o temor à tensão na rua se há um final fechado.

 

(Relatório especial para Infolatam)-. A maioria dos estudos -realizados durante setembro- dá vantagem ao líder socialista, mas duas reconhecidas empresas apontam a um empate técnico, alimentando a esperança de Capriles de pôr fim a 14 anos de governo de Chávez.

A autoridade eleitoral disse que só publicará os resultados quando a tendência seja definitiva, o que poderia abrir um tenso ritmo de espera em que comandos estarão manejando seus próprios dados de pesquisas de boca de urna e contagens rápidas.

Tanto Chávez como Capriles asseguraram que aceitarão o resultado, mas o ambiente é de suspeita mútua.

O ano de 1998 marca um antes e um depois na história da Venezuela. Nesse ano, Hugo Chávez ganhou as eleições presidenciais e inaugurou uma nova etapa política neste país: mudou o regime da IV à V República, apostou por uma economia dirigida e centralizada e impulsionou uma forma de liderança carismática e caudilhista.

Ainda que algumas das características próprias do regime sejam de paternidade exclusiva de Hugo Chávez, em outras o líder venezuelano bebeu ou esteve claramente influenciado pelo meio e não fez senão repetir fórmulas que estão no DNA político venezuelano.

Chávez se vangloria de encabeçar uma revolução, mas como assegura Carlos Malamud em seu livro “Populismos latino-americanos”  ”apesar da profundidade de algumas reformas constitucionais, não se produziram mudanças importantes no sistema político, nas estruturas sociais ou nas instituições econômicas. A democracia eleitoral, o capitalismo e o Estado de direito, com maior presença do Estado, continuaram sendo o esqueleto legal e jurídico do país, que seguia girando em torno do petróleo. Por mais que a Venezuela se redefinisse oficialmente como bolivariana, mantinha seus atributos tradicionais, especialmente notáveis no clientelismo e no nepotismo”.

O culto a Bolívar

Por exemplo, o culto a Simón Bolívar. Desde o mesmo momento de sua morte, em 1830, nasceu o mito e o culto a Bolívar. Todos os regimes políticos venezuelanos renderam homenagens ao Libertador. Desde os mais conservadores e autoritários como o de Juan Vicente Gómez (1908-1935) até a odiada pelo chavismo, IV República (1959-1999).

Hugo Chávez ante o retrato de Simón Bolívar

Já o destacado historiador Germán Carrera Damas escreveu nos anos 70 um livro sobre “o culto a Bolívar” onde afirmava que “o culto a Bolívar chegou a constituir a coluna vertebral, e em não poucas ocasiões o universo, do pensamento venezuelano”.

De modo que a obsessão chavista por Bolívar (chamar a sua ideologia ou rebatizar à República como bolivariana) não é senão um levar até o extremo um padrão político muito antigo na Venezuela.

É muito provável ademais que tudo isso se acentue, pois a partir de finais deste ano se começará a comemorar as “ações” de Bolívar em sua luta contra os espanhóis.

Comemorações nas quais, caso ganhe, Chávez estará muito presente, quem em seu foro íntimo sonha com presidi-las todas, incluindo a do Bicentenário de sua morte. O mesmo o confirmou quando disse aquilo de que “aqui estaremos em 2030 diante de ti, Bolívar, aos 200 anos de tua imortalidade”.

Como apontou Manuel Alcántara, catedrático de Ciência Política da Universidade de Salamanca, ao InfolatamChávez encarna duas dinâmicas que se deram repetidamente neste país: a figura de Bolívar foi manejada e utilizada desde sempre pelos diferentes poderes que predominaram na Venezuela. E esses regimes caudilhescos acentuaram a desinstitucionalização do país”.

O militarismo

A Venezuela foi desde seu nascimento como país independente uma nação na qual o peso do militar foi muito forte, bem mais que em sua vizinha Colômbia onde, pese às guerras civis, o elemento civil não foi tão preponderante. O segundo pai da pátria, depois de Bolívar, foi outro militar, José Antonio Páez. Os líderes liberais da segunda metade do século XIX foram outros dois militares: Ezequiel Zamora, muito admirado por Chávez, e Guzmán Blanco.

Chávez entrega a bandeira do Ministério da Defesa a Rangel Silva

A primeira metade do século XX foi dominada pela chamada dinastia dos andinos, uma série de militares que governaram o país entre 1899 e 1945 entre os quais sobressai o ditador Juan Vicente Gómez, que controlou a Venezuela com mão de ferro durante 27 anos.

O breve governo civil entre 1945 e 1948 viu-se interrompido por uma nova ditadura militar, a do general Marcos Pérez Jiménez entre 1948 e 1958 que deu lugar, já sim, aos governos civis da IV República.

Mas, desde 1992, com Hugo Chávez como referência, se alça de novo uma alternativa de corte nacionalista, desenvolvimentista vinculada às Forças Armadas, as quais cumpriram um papel decisivo durante o regime chavista até se constituir como um dos pilares da V República.

Dado que o partido chavista, o PSUV, não conseguiu se conformar como uma instituição com capacidade de iniciativa, autonomia e agenda própria, e dado que o regime descansa na personalidade avassaladora de Chávez, as FFAA são o único instrumento institucional com força própria no país.

Como assinala o politólogo Thomas Colombert “por sua formação e experiência, a ordem militar prima sobre a ordem civil. É precisamente sobre esta questão que Chávez e Bravo se afastam em 1991, a poucos meses da tentativa de golpe de Estado. Para Bravo, Chávez desconfiava dos civis, e o que seria a princípio um movimento cívico-militar, terminaria sendo unicamente militar”.

Petroleodependência

Já ninguém se lembra, mas a Venezuela foi um país que dependia fundamentalmente da exportação de cacau (no século XIX), e café (já no XX). Essa dinâmica econômica mudou nos anos 20 do século passado, quando o petróleo ultrapassou amplamente o resto das exportações.

O presidente venezuelano Hugo Chávez em sua visita a Morichal na Faixa Petrolífera do Orinoco, Monagas (Venezuela).

Tanto o regime gomecista, a partir dos anos 20, como o de Pérez Jiménez, como a IV República, se apoiaram no petróleo para conseguir apoios sociais.

Todos prometeram diversificar a economia, mas a “petroleodependência” foi a regra de cada um deles.

Os dois grandes partidos da IV República, AD e Copei, utilizaram o petróleo para lubrificar suas estruturas e fazer clientelismo político.

Como assinala o diretor do INCIPE, Vicente Garrido, “o regime democrático venezuelano fundamentou sua legitimidade em função da capacidade distributiva de recursos… a renda petroleira”.

E isto, sobretudo, desde que Carlos Andrés Pérez decretou a nacionalização do petróleo em 1974 momento em que o Estado passou a controlar os rendimentos. Com o chavismo, tudo segue igual: a Venezuela obtém em torno de 94 por cento dos seus rendimentos de divisas da exportação de petróleo.

Chávez utiliza os rendimentos petroleiros para financiar seus planos sociais, as missões, que se converteram na principal base de apoio para seu regime.

Portanto, o chavismo não fez senão acentuar as características de “petroestado” que a Venezuela arrasta desde 1930, como assinala Manuel Hidalgo: “o regime chavista impulsionou um ambicioso gasto público, aumentos salariais, extensão do crédito a setores tradicionalmente marginados, a nacionalização, planos sociais, limitado as demissões no setor privado e os controles de preços foram financiados com os rendimentos da exportação de petróleo. O mesmo que os programas de bem-estar social, especialmente os que se denominam “missões sociais”, que Chávez começou a criar em 2003, enquanto estava lutando na campanha. Há uns trinta programas”.

Populismo, estadismo e ambiciosa política exterior

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em um ato de sua campanha presidencial em Cabimas, estado de Zulia.

Hugo Chávez representa e encarna uma nova etapa do populismo latino-americano depois do populismo clássico (o de Perón), e o neopopulismo dos anos 90 (Carlos Menem e Alberto Fujimori). O chavismo de toda maneira lembra muitas das formas e maneiras da política tradicional venezuelana.

Traços do populismo chavista podem ser vistos em Carlos Andrés Pérez quem em sua primeira presidência nacionalizou o petróleo ou em Rómulo Betancourt quem diferente do chavismo foi capaz de construir um partido muito centralizado e institucionalizado, Ação Democrática, os “adecos” tão odiados por Chávez.

Henrique Capriles acusa Chávez de financiar caras aventuras ao exterior e não se ocupar dos problemas do país: “acabaram-se os presentes, a entrega de nosso petróleo, o dinheiro deve ser usado para melhorar a economia… em alguns hospitais, a esta hora, não há nem gaze, mas sim há recursos para desfiles de samba”.

Essa política externa ambiciosa não é patrimônio de Chávez na história venezuelana.

Por exemplo, Carlos Andrés Pérez caiu em 1993 depois que em 1992 o jornalista José Vicente Rangel revelasse que o presidente tinha utilizado 250 milhões de bolívares pertencentes ao orçamento do Ministério das Relações Interiores para financiar as eleições na Nicarágua e apoiar o governo da recém-eleita presidente, Violeta Barrios de Chamorro.

Tudo isto não nega o que originalmente, para o bem e para o mal tem Chávez, quem claramente não é uma exceção senão uma norma na história de Venezuela.

Traduzido por Infolatam

Tomado de INFOLATAM

Última actualización el Jueves, 04 de Octubre de 2012 18:22
 

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