O candidato republicano à vice-presidência dos EUA, Paul Ryan, prometeu neste sábado ser duro contra o governo cubano, enquanto a campanha de reeleição do presidente Barack Obama afirma que a separação das famílias cubanas "não debilitará" o regime comunista. Durante um comício político em um restaurante da Pequena Havana, em Miami (Flórida), Ryan prometeu que se os republicanos ganharem, serão "duros" contra o regime dos irmãos Castro.

O candidato, que não respondeu perguntas dos jornalistas, criticou em particular a flexibilização das viagens e remessas iniciada pelo presidente Obama. "Não seguiremos praticando esta política. Seremos duros contra este brutal ditador", prometeu Ryan ao referir-se ao governo de Raúl e Fidel Castro em Cuba, arrancando fortes aplausos do público.

O "número dois" do candidato presidencial republicano, Mitt Romney, afirmou que congressistas cubanos como Ileana Ros-Lehtinen, os irmãos Lincoln e Mario Díaz-Balart, avisaram sobre a urgência de "pressionar" o regime cubano e o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Ryan, que representa o estado de Wisconsin na Câmara de Deputados, votou diversas vezes a favor do embargo unilateral que os Estados Unidos mantêm contra Cuba desde 1962.

Já a porta-voz da campanha de Obama, Jen Psaki, defendeu as medidas adotadas pelo líder para colocar pressão por uma mudança democrática na ilha. Ao explicar que Obama manteve de pé o embargo, Psaki enfatizou que o presidente "pressionou o regime de Castro a dar a seu povo uma maior voz".

Sobre a flexibilização de viagens e remessas, Psaki disse "que manter as famílias cubanas separadas, não debilitaria o regime de Castro". Ao lembrar que Obama ofereceu um discurso na Pequena Havana em 2008, quando assumiu pela primeira vez a Presidência de EUA, Psaki assinalou que houve uma "pequena" mudança demográfica na Flórida e que a geração mais jovem "mostrou um maior interesse sobre este assunto".

Um porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, acrescentou que a política promovida por Ryan perante o exílio cubano foi iniciada para pressionar o regime do país, "que ficou fechado por mais de 50 anos". Obama "se mantém tão comprometido como antes para obrigar o regime de Castro a respeitar os direitos humanos básicos", assegurou Earnest.

Tomado de Google Noticias