Cerca de 31% dos cubanos terá mais de sessenta anos em 2030, segundo projeções oficiais, advertiu o semanário estatal Trabajadores, ao apresentar o censo que o país encarará a partir do próximo sábado, o décimo oitavo de sua história e o primeiro que realiza nos últimos 10 anos.

A publicação detalha que em 2010 a população maior de 60 anos representava 17,8% do total, enquanto em 2011 cresceu até 18,1%.

Entre as províncias mais envelhecidas do país encontram-se Havana, no ocidente da ilha, e Villa Clara e Sancti Spiritus, no centro.

Em Cuba a espectativa de vida é de 78 anos média (76 para os homens e 80,02 para as mulheres).

O Governo cubano manifestou em várias ocasiões sua preocupação pelo fenômeno e, inclusive, decidiu incrementar a idade de aposentadoria.

Entre os municípios com maior proporção de pessoas da terceira idade figuram Cabaiguán, Yaguajay e Sancti Spiritus, todos eles pertencentes à província espirituana, e Placetas, situada em Villa Clara.

No outro extremo, a província de Guantánamo, na ponta oriental da ilha, é a mais jovem, e Moa (Holguín) e a Ilha da Juventude são os municípios onde a média de idade é mais baixa.

Segundo Trabajadores, o crescimento da população cubana diminuiu paulatinamente desde 1959, ano da Revolução, apesar de alguns picos em meados das décadas de sessenta e setenta.

O pior momento chegou a princípios da década de oitenta, junto com o êxodo do Mariel, que levou mais de 120.000 cubanos a abandonar a ilha inesperadamente, depois da ocupação em massa da Embaixada do Peru em Havana por milhares de cidadãos que queriam sair do país.

Entre 1959 e 1970, a população incrementou-se em algo mais de 1,8 milhões de pessoas e entre 1970 e 2005 em mais de 2 milhões.

No período 1970-1980, Cuba chegou a 9 milhões de habitantes, entre 1981-1984 atingiu os 10 milhões e entre 1995 e 2005 superou 11 milhões.

A última estimativa disponível aponta que na ilha vivem onze milhões duzentas e quarenta e um mil cento e sessenta e uma pessoas.