O inacreditável Verissimo Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 19 de Febrero de 2014 17:25

Por Rodrigo Constantino.-

Em sua coluna de hoje, Verissimo destaca a diferença entre incrível e inacreditável. Apesar de terem o mesmo sentido teórico, na prática um é usado para coisas positivas, o outro para negativas. Claro, os exemplos “inocentes” que o socialista usa para as coisas ruins são bastante ideológicos.

Só gente muito ingênua ainda não percebeu que o colunista sempre destila sua visão ultrapassada de mundo em suas crônicas aparentemente inofensivas. Diz ele no primeiro exemplo:

Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior”.

Já comentei aqui sobre Bolsonaro na Comissão de Direitos Humanos. Como é figura polêmica, há controvérsias se seria, mesmo, um nome bom para a função. Não obstante, sem dúvida seria menos pior do que figuras como Jean Wyllys, que usam o pretexto dos “direitos das minorias” para vender uma ideologia abjeta, que vai contra os principais valores ocidentais.

Inacreditável, portanto, é ainda confundirem “direitos humanos” com “direito dos manos”, e “direito das minorias” com coletivismo autoritário, que rejeita a menor minoria de todas: o indivíduo. Inacreditável é usarem a desculpa do combate ao preconceito para empurrarem programas “educativos” indecentes goela abaixo das crianças, enaltecendo a libertinagem como se fosse o máximo. Inacreditável é uma ministra querer abolir o uso dos termos “pai” e “mãe” em documentos oficiais, para não “constranger” aqueles que têm “famílias” diferentes.

Verissimo continua com seus exemplos:

Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.

Não, o inacreditável, aqui, é a esquerda manter um discurso por tanto tempo de que bandido é “vítima da sociedade”, que jovens assassinos devem ser tratados como “coitadinhos”. No mais, como a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude (La Rochefoucauld), é cômico ver Verissimo usando a civilização cristã para falar que os sentimentos nobres e humanitários deveriam prevalecer, uma vez que a agenda socialista é totalmente anticristã e rejeita até mesmo o conceito de “civilização” superior.

Por fim, Verissimo solta a última pérola:

Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.

Inacreditável é o programa “Mais Médicos”, oportunista, eleitoreiro, demagógico, populista, ineficiente e ilegal. Inacreditável é o governo brasileiro usar médicos cubanos como escravos, sob os aplausos de nossos “intelectuais” de esquerda. Inacreditável é alguém falar que a revolta com o uso desses escravos cubanos é “exploração para sabotar o programa”. Inacreditável é alguém mencionar “cubanos insatisfeitos” em vez de “gente desesperada em busca de liberdade”, algo inexistente em Cuba, “paraíso” desses mesmos hipócritas que preferem, na prática, o conforto de Paris.

Inacreditável, em resumo, é Verissimo, sua imensa cara de pau, e seu espaço enorme na imprensa apesar de sempre ter defendido as bandeiras mais nefastas. Inacreditável é este senhor ser filho do grande escritor Erico Verissimo. Incrível é eu ainda ter estômago para ler suas atrocidades e refutá-las aqui. Noblesse oblige!

Rodrigo Constantino