Dimissões, 1º fracasso de Raúl Castro |
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Lunes, 12 de Diciembre de 2011 11:38 |
Intenção de demitir 500 mil até abril foi abortada graças a uma silenciosa e incomum rebelião no funcionalismoCenário: Rodrigo Cavalheiro - O Estado de S.Paulo
A anunciada redução em massa de funcionários representa o fracasso mais claro do pacote de medidas econômicas anunciado pelo presidente Raúl Castro neste ano - embora caminhe devagar, a venda de carros e de casas tende a reduzir a informalidade no longo prazo. Alejandro Ernesto/Efe
Falha principal do governo foi anunciar a demissão sem dar nome aos demitidos
Apesar de ter superado a expectativa do governo cubano, a multiplicação de "cuentapropistas", como são chamados os microempresários em Cuba, e de seus negócios é inexpressiva se o objetivo for absorver os 1,3 milhão de empregados públicos do país que o próprio Estado considera "demais" e tem intenção de demitir até 2015. Até mesmo a intenção de demitir 500 mil pessoas até abril foi abortada, por uma silenciosa e incomum rebelião dentro do funcionalismo - uma camada fortalecida em número e quadros ao longo de cinco décadas de regime. Sem nomes A falha principal do governo, afirmam dois militantes do Partido Comunista Cubano, foi anunciar a demissão sem dar nome aos demitidos. Cada empresa pública recebeu ordem de cortar, a seu critério, um determinado número de empregados em certo prazo. Como o critério dos chefes nem sempre foi o da produtividade, parte dos que ficariam empregados nessa primeira leva de cortes não só opinou, como se opôs ao apadrinhamento. No leste de Cuba, a parte mais pobre e exposta à crise econômica da ilha, alguns núcleos descontentes chegaram a entoar a palavra "huelga" (greve, em espanhol), ausente por imposição do dicionário cubano (até mais do que "lucro"). As greves estão proibidas na ilha. Mas o rápido recuo do governo no plano de demissões sugere que esse ato "antirrevolucionário" nunca esteve tão perto de ocorrer nas últimas cinco décadas. |