"Fidel matou mais do que eu" O Chacal Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 07 de Noviembre de 2011 20:59

O venezuelano "Carlos el Chacal" afirmou ter cometido mais de uma centena de ataques que deixaram de 1.500 a 2.000 mortos, apesar de não ter dado detalhes, em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal venezuelano El Nacional, às vésperas de seu julgamento na França.

Ao ser questionado sobre se acredita ter errado, "Carlos", na prisão há 17 anos, afirmou que apenas cometeu "erros menores" e se comparou ao líder cubano Fidel Castro, que, afirma, "matou mais gente" que ele. "O terrorismo existirá enquanto os imperialistas tiverem uma primazia mundial. Eu sou inimigo de terroristas como Estados Unidos e Israel", afirmou.

Questionado sobre as mortes de civis provocadas por suas ações, Ilich Ramírez Sánchez, apelidado de "Carlos, el Chacal", afirmou que "houve poucas": "calculei que não chegavam a 10%. Entre 1.500 e 2.000 mortos, não foram mais de 200 as vítimas civis.

"Carlos", que concedeu a entrevista em 27 e 28 de outubro por telefone na prisão parisiense de Santé, será julgado a partir de segunda-feira em Paris por quatro atentados cometidos nos anos 1980 na França, que deixaram 11 mortos.

Este será o segundo julgamento contra esta figura da luta armada pela causa palestina após ter sido condenado à prisão perpétua em 1997 pelo assassinato de dois policiais e um informante na capital francesa em 1975. O venezuelano, 62 anos, afirmou também ao jornal que sob sua "coordenação" foram cometidos "mais de 100" ataques, que segundo ele foram "muito bem executados", mas dos quais não dá mais detalhes.

Por outro lado, o venezuelano declarou ter sido vítima do "roubo" da ajuda econômica que o governo do presidente Hugo Chávez teria aprovado a seu favor. "Me sabotaram. Me roubaram a ajuda que me enviaram da Venezuela ao menos duas vezes", denunciou "Carlos", que apontou particularmente o embaixador venezuelano na França, Jesus Arnáldo Pérez.

Em declarações ao El Nacional, o embaixador desmentiu as acusações e disse que Caracas presta "ajuda humanitária" ao preso. Paralelamente, "Carlos" mostrou-se convencido de que será libertado e que então se unirá ao governo de Chávez para "ajudar a vigiar com as armas". Para o condenado, Chávez é o "único caso na História da humanidade no qual um caudilho militar, que tem o povo a seu favor, não gosta de sangue". "Não se pode fazer uma revolução de forma pacífica", disse.

Última actualización el Lunes, 07 de Noviembre de 2011 21:09