Cuba perde a opositora Laura Pollán Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 15 de Octubre de 2011 12:28

HAVANA - Laura Pollán, uma das líderes do grupo de familiares de ex-presos políticos cubanos conhecido como Damas de Branco, morreu nesta sexta-feira, 14, após uma parada cardíaca, disseram fontes da dissidência.

Laura pediu que cardeal atuasse por dissidentes cubanos, o que se desenvolveu e trouxe libertações - Alejandro Ernesto/Efe
Alejandro Ernesto/Efe
Laura pediu que cardeal atuasse por dissidentes cubanos, o que se desenvolveu e trouxe libertações

Laura, de 63 anos, havia sido internada há uma semana em uma clínica de Havana e desde então seu estado de saúde havia sido informado como "muito grave" devido a uma insuficiência respiratória de origem viral, que fez os médicos conectá-la a um respirador artificial pouco depois.

"Laura Pollán acaba de morrer", disse a blogueira Yoani Sánchez em sua conta no Twitter. Familiares e amigos informaram mais cedo que Laura havia sido submetida a uma traqueostomia.

Minutos antes, a filha de Laura, Laura Labrada, disse por telefone que foi avisada que sua mãe sofrera uma parada cardíaca. "Estou a caminho do hospital, me ligaram para dizer que minha mãe teve uma parada cardíaca", disse Labrada.

Bertha Soler, também fundadora do Damas de Branco, confirmou à Reuters a morte de Laura e disse que também foi informada de que sua amiga "havia sofrido uma parada cardíaca".

Laura, uma professora de profissão, ficou conhecida por marchar desde 2003 pelas ruas de Havana junto a um grupo de mulheres vestidas de branco para exigir do governo a libertação de dezenas de dissidentes cubanos condenados naquele ano a penas de entre 6 e 28 anos de prisão. Seu marido, Héctor Maseda, foi um dos 75 presos e condenados em 2003 a 20 anos de prisão.

Laura pediu no ano passado ao cardeal cubano Jaime Ortega que intercedesse por elas e seus familiares presos ante o governo da ilha. Esse foi o empurrão para um diálogo inédito entre a Igreja e o governo de Raúl Castro que levou à libertação de dezenas de presos políticos, a maioria enviada para a Espanha com seus familiares.