Escrito por Indicado en la materia
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Sábado, 06 de Marzo de 2010 10:42 |
Gostaria que Havana não voltasse a ser a capital dos casinos de Miami. Mas que ninguém me peça em troca a defesa de um regime que oprime.
Não há muitos anos, um amigo em viagem por Cuba enviou-me para casa o Granma. Ainda aqui o tenho, mas já não sei onde pára. Na altura pareceu-me mais magro do que julgava. Parte considerável da edição era ocupada com a transcrição de um discurso de Fidel Castro e notícias sobre realizações do regime. Não sei se foi aí que percebi o que era viver num regime sem liberdade. Mas lembro-me de desdenhar a partir de então dos discursos que sistematicamente usam os direitos económicos e sociais para justificar os limites às liberdades políticas.
No momento em que escrevo, Guillermo Fariñas aproxima-se do seu décimo dia em greve de fome. Apesar dos apelos continuados da família, dos amigos e de grupos de dissidentes, Fariñas parece apostado em levar por diante esta forma extrema de luta , exigindo a libertação de 26 presos políticos que se encontram doentes. Enquanto isso, o Embaixador de Cuba em Portugal já veio esclarecer que a culpa é das vítimas e da "contrarrevolução cubana" . Vá lá, não se lembrou dos comunistas.
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Última actualización el Sábado, 06 de Marzo de 2010 10:47 |