Butantan pede à China agilidade na liberação de insumos para novas doses da CoronaVac Imprimir
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Martes, 19 de Enero de 2021 01:53

O Instituto Butantan pediu ao governo chinês agilidade na liberação de insumos para a produção de mais doses da CoronaVac. A informação foi passada pelo governador João Doria (PSDB) durante coletiva na tarde desta segunda-feira (18) no HC da Unicamp, em Campinas (SP), que marcou o início da vacinação no interior do estado.

O governador de São Paulo, João Doria, ao lado da enfermeira Liane, do HC da Unicamp, primeira profissional de saúde a receber a vacina contra a Covid-19 no Interior de São Paulo — Foto: Osvaldo Furiatto

Segundo o Doria, uma resposta da China é esperada até quarta-feira (20) pela manhã. O governo fez a compra de 46 milhões de doses da vacina produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

 

 

"Em relação à China, o Insituto Butantan já fez uma solicitação, renovou hoje a solicitação para a agilidade na destinação dos outros insumos. Nós compramos 46 milhões de doses da vacina. Quero aproveitar para esclarecer que quem fez a compra foi o governo do estado de SP e o Instituto Butantan. Agora nós estamos disponibilizando e, obviamente, vendendo a vacina para o Ministério da Saúde. Mas a responsabilidade é do governo de São Paulo. Vamos aguardar até quarta-feira pela manhã, dada a diferença de fuso horário coma China, para ter esta confirmação", disse.

Nesta segunda, o diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que enviou um novo pedido de uso emergencial da CoronaVac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desta vez solicitando autorização para uso de todas as doses envasadas pelo instituto. Atualmente, o Butantan tem 4,8 milhões de doses prontas aguardando liberação.

"Nós estamos seguros de que a Anvisa vai liberar a aprovação dos novos lote da vacina. O pedido foi encaminhado hoje de manhã pelo Instituto Butantan para 4,8 milhões novas doses da vacina. Eu tenho segurança dada a reunião realizada ontem, a forma transparente com que a Anvisa adotou para o procedimento de análise e de voto, haverá o voto positivo também para a homologação dessas outras 4,8 milhões de doses, que já estão em solo brasileiro", afirmou o governador.

Ainda de acordo com Doria, esse montante se refere aos insumos que já estão no Butantan, que teria a capacidade de produzir até 1 milhão de doses por dia caso a Anvisa autorize.

"O Butantan trabalha no envase dessas vacinas e poderá fazer isso rapidamente. Assim que o Anvisa autorizar, o Butantan é capaz de fazer 1 milhão por dia. Então, é rápido sim. Desde que Anvisa autorize, 1 milhão por dia, no dia seguinte já teremos, e assim sucessivamente até completar 4,8 milhões doses", completou.

G1 solicitou informações ao Butantan sobre como foi realizado o pedido de agilidade ao governo chinês e o texto será atualizado assim que o instituto enviar a resposta.

Começa a vacinação contra Covid-19 em Campinas, no interior de São Paulo
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Começa a vacinação contra Covid-19 em Campinas, no interior de São Paulo

Vacinação no interior de SP

O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp aplicou a primeira dose da CoronaVac na tarde desta segunda-feira (18), em cerimônia que deu início à vacinação em Campinas (SP), primeira cidade do interior do estado a dar início a imunização contra a Covid-19.

Durante a cerimônia, o governador João Doria enfatizou o fato da aplicação no HC ser a primeira fora da capital.

"Este é o primeiro momento de vacinação fora da cidade de São Paulo. É aqui na cidade de Campinas. É aqui, prefeito Dário Saadi, a sua cidade, a cidade dos campineiros, a cidade dos brasileiros", afirmou.

Neste primeiro momento, a vacinação será para os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença na unidade. Ao todo, 60 mil trabalhadores dos seis hospitais de referência serão imunizados. Além do HC da Unicamp, as outras unidades são: HC de São Paulo; HC de Ribeirão Preto (USP), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na manhã desta segunda-feira que a vacinação contra a Covid-19 será iniciada a partir das 17h em todo o país. No domingo, logo após a aprovação da Anvisa para a aplicação CoronaVac e da vacina de Oxford, produzida em parceria com o laboratório AstraZeneca, o governo de São Paulo já aplicou a primeira dose da CoronaVac. O governo federal, no entanto, ainda não havia iniciado a distribuição do imunizante pelo país.

 

G1 GLOBO

Última actualización el Sábado, 23 de Enero de 2021 02:10