Com saída de Mattar e Uebel, seis já deixaram equipe econômica desde o ano passado |
Escrito por Indicado en la materia |
Miércoles, 12 de Agosto de 2020 00:18 |
A equipe econômica montada pelo ministro Paulo Guedes e empossada em janeiro de 2019, no início do governo Jair Bolsonaro, já passou por seis trocas em cargos estratégicos até esta terça-feira (11). No início da noite, Guedes informou que pediram demissão os secretários especiais de Desestatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel. O ministro classificou o momento como uma "debandada" e disse que os secretários se mostraram insatisfeitos, respectivamente, como o andamento do programa de privatizações e da reforma administrativa. Apesar disso, disse Guedes, o governo vai "avançar com as reformas".
Demissões anterioresA primeira baixa na equipe de Guedes ocorreu em setembro de 2019, nove meses após a posse do governo Jair Bolsonaro. O então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi demitido após polêmica em um assunto que segue indefinido: a reforma tributária e a possibilidade de criação de um imposto sobre transações eletrônicas, similar à antiga CPMF (imposto do cheque). Em junho deste ano, o secretário do Tesouro Mansueto Almeida anunciou que havia pedido para deixar o cargo. A exoneração foi publicada em julho e, nesta segunda (10), a assessoria do banco privado BTG Pactual informou que Almeida será economista-chefe da instituição a partir de janeiro. Em 24 de julho, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, pediu a Bolsonaro e Guedes para deixar o cargo. Em nota, o banco afirmou que o pedido foi feito "entendendo que a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário". Dois dias depois, o diretor de programas da Secretaria de Fazenda, Caio Megale, também acertou a saída do governo. Da lista, Mansueto Almeida foi o único a assumir o cargo antes da chegada de Paulo Guedes. O economista se tornou secretário do Tesouro na gestão Michel Temer, e foi mantido no posto após a sucessão presidencial. 'Carta branca'Ainda durante a transição de governo, em novembro de 2018, Bolsonaro disse que havia dado "carta branca" a Guedes para montar a equipe econômica. "Eu estou dando carta branca a ele. Tudo que é envolvido com economia é ele que está escalando o time. Eu só, obviamente, e ele sabe disso, estamos cobrando produtividade. Enxugar a máquina e buscar, realmente, fazê-la funcionar para o bem-estar da nossa população", declarou Bolsonaro.
G1 GLOBO |
Última actualización el Domingo, 16 de Agosto de 2020 00:28 |