Bolsonaro chega a EUA e junto ao Trump devem discutir Venezuela e livre comércio em jantar hoje Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 08 de Marzo de 2020 01:56

Segundo funcionários de alto escalão do governo americano diretamente envolvidos na organização do encontro entre os dois líderes, os EUA consideram o Brasil e a Colômbia os dois aliados mais próximos na região e peças chave para solucionar o que consideram ser um risco para a segurança nacional dos países da América.

Bolsonaro e Trump em encontro em março de 2019; os dois compartilham agenda ideológica e métodos de fazer política - Reuters/Carlos Barria

Um dos principais assuntos do jantar entre os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, na noite deste sábado (7), na casa de veraneio do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida, deve ser a possibilidade de adotar uma postura mais dura em relação ao regime chavista de Nicolás Maduro.

 

 

Segundo funcionários de alto escalão do governo americano diretamente envolvidos na organização do encontro entre os dois líderes, os EUA consideram o Brasil e a Colômbia os dois aliados mais próximos na região e peças chave para solucionar o que consideram ser um risco para a segurança nacional dos países da América

Os EUA qualificam a Venezuela como um Estado financiador do terrorismo e do tráfico de drogas na região, por isso tem imposto uma série de sanções econômicas sobre o regime venezuelano.

De acordo com agentes de segurança nacional da Casa Branca, atualmente, os americanos empregam 60% da força de pressão que poderiam exercer sobre a Venezuela, mas não descartam a possibilidade de escalar as ações em um futuro breve. A intenção seria forçar novas eleições presidenciais no país ainda esse ano, acompanhadas por observadores externos.

Desde o ano passado, Brasil, Colômbia e EUA defendem a saída de Maduro do poder e reconhecem o líder oposicionista Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, depois que ele se proclamou chefe de Estado do país após acusar Maduro de fraude nas eleições. O mandatário nega as acusações.

Segundo as fontes americanas, Trump deverá exortar Bolsonaro a se juntar a esses esforços. tomar medidas ainda mais duras contra o governo Maduro. O republicano tem tentado aumentar o foco de atenção e atuação dos EUA no continente americano e se retirar de disputas e ações armadas no Oriente Médio e em outras regiões do mundo, que ele considera de menor importância para o país

A Venezuela vive uma grave crise econômica e política nos últimos anos. A hiperinflação, o alto índice de desemprego, o desabastecimento de produtos de necessidades básicas e o recrudescimento de medidas autoritárias do governo Maduro já levaram mais de 4 milhões de venezuelanos a sair do país ? a maior parte deles, 1,5 milhão, em direção à Colômbia.


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Última actualización el Miércoles, 11 de Marzo de 2020 00:49