Maduro diz 'conhecer planos' de Bolsonaro e Colômbia para Venezuela: 'Caso se atrevam, arrebentamos seus dentes' Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 15 de Enero de 2020 00:34

O presidente do regime chavista da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que "conhece os planos imperialistas" da Colômbia e do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O venezuelano não deu detalhes nem apresentou provas sobre esses supostos planos, e ameaçou reagir caso haja ações militares no país.

Nicolás Maduro discursa a parlamentares da Venezuela nesta terça-feira (14) — Foto: Manaure Quintero/Reuters

A declaração foi dada durante a mensagem anual de Maduro na Assembleia Constituinte — controlada pelo regime chavista — uma semana depois da crise gerada pela manobra que tentou excluir Juan Guaidó da presidência do outro parlamento, a Assembleia Nacional, onde os opositores têm maioria.

 

 

"Caso se atrevam, vamos arrebentar seus dentes para que aprendam a respeitar a Força Armada Nacional Bolivariana", ameaçou Maduro.

Além das trocas de acusações com o Brasil, o regime de Maduro vive uma relação conflituosa com a Colômbia. O presidente colombiano, Iván Duque, apoia o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, e a relação com o chavismo piorou após Caracas ordenar exercícios militares na fronteira com o país vizinho, em setembro do ano passado.

discurso durou mais de duas horas e teve transmissão ao vivo da televisão venezuelana (leia mais no fim da reportagem).

Novas acusações

Maduro também voltou a dizer, sem provas, que o governo brasileiro se envolveu no ataque a uma base no sul da Venezuela no fim de dezembro. À época, o Itamaraty negou qualquer envolvimento do Brasil no episódio. Relembre o caso no vídeo abaixo:

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Venezuela acusa Brasil de treinar grupo que atacou base militar no país

Venezuela acusa Brasil de treinar grupo que atacou base militar no país

No discurso desta terça-feira, Maduro voltou a acusar o governo brasileiro de participação no assalto. O chavista ainda acusou Brasil e Colômbia de estarem por trás de "mais de 50 ações de espionagem e roubo de segredos militares".

"Um grupo de terroristas, mercenários, desertores, traidores apoiados, financiado e amparado pelos governos de Jair Bolsonaro do Brasil e Iván Duque da Colômbia assaltaram um quartel no estado Bolívar", afirmou Maduro.

 

"Roubaram fuzis, lançadores de morteiros e mísseis estratégicos. Em uma sanha assassina, mataram um jovem soldado de nossa Força Armada Nacional Bolivariana", acrescentou, sem apresentar provas.

 

Nicolás Maduro discursa aos parlamentares venezuelanos na abertura do ano na Venezuela nesta terça-feira (14) — Foto: Manaure Quintero/ReutersNicolás Maduro discursa aos parlamentares venezuelanos na abertura do ano na Venezuela nesta terça-feira (14) — Foto: Manaure Quintero/Reuters

Nicolás Maduro discursa aos parlamentares venezuelanos na abertura do ano na Venezuela nesta terça-feira (14) — Foto: Manaure Quintero/Reuters

Maduro disse que o regime chavista "conseguiu capturar a maioria dos terroristas e recuperar 95% das armas roubadas". "O resto foi levado para o Brasil, amparados pelo governo fascista de extrema direita de Jair Bolsonaro", acusou, também sem apresentar provas.

 

"Quem atentar contra a república receberá o castigo que estabelece nossa Constituição e vai se encontrar diante dos fuzis de nossa Força Armada", completou.
Última actualización el Domingo, 19 de Enero de 2020 21:43