Morales quer que presidente do Supremo assuma presidência da Bolívia |
Escrito por Indicado en la materia |
Domingo, 12 de Enero de 2020 12:31 |
Buenos Aires – O ex-presidente boliviano Evo Morales e seus advogados na Argentina pediram nesta quinta-feira em Buenos Aires que a partir de 23 de janeiro, quando terminarem os atuais mandatos constitucionais, o presidente do Supremo Tribunal Boliviano tome o poder, como previsto na cadeia sucessória. Morales apresentou em uma entrevista coletiva em um hotel em Buenos Aires os advogados constitucionalistas Eugenio Zaffaroni e Gustavo Ferreyra como seus defensores e assessores em assuntos jurídicos na Argentina contra os mandados de prisão pelos supostos crimes de terrorismo e sedição emitidos por promotores na Bolívia.
Os advogados confirmaram que nenhum pedido de extradição de Morales foi apresentado à Argentina e que nenhum mandado de prisão está em vigor na Interpol, segundo o ex-juiz Baltasar Garzón, que faz parte da equipe internacional de juristas que assessoram o ex-presidente boliviano. “Além disso, o crime de sedição é objetivamente político, e para crimes políticos você não pode pedir a extradição de ninguém, de acordo com o tratado de extradição que assinamos com a Bolívia em 2013. E de acordo com as normas internacionais sobre extradição: por crimes políticos você não pode extraditar”, enfatizou Zaffaroni. Por sua vez, o ex-chefe de Estado denunciou o que chama de “perseguição exagerada” e agradeceu “a defesa contra a injustiça”. “Eles nunca vão encontrar nada que Evo é corrupto”, destacou Morales. A defesa argentina argumentou que Morales continua como presidente constitucional da Bolívia porque a Assembleia Legislativa Plurinacional ainda não aceitou ou rejeitou sua renúncia e afirmou que o país “não é um Estado constitucional”. EXAME |
Última actualización el Viernes, 17 de Enero de 2020 05:22 |