Trump, Bolsonaro e UE defendem o mesmo para a Venezuela, diz representante dos EUA Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 10 de Abril de 2019 00:23

De passagem por Portugal, para se encontrar com ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o representante especial para a Venezuela do Departamento de Estado norte-americano garantiu que o que move os países e organizações opositores a Nicolás Maduro não é uma posição ideológica, mas a vontade de ajudar na “restauração pacífica da democracia” na Venezuela. E, por isso, defendeu, une-os “uma mensagem comum”.

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Num encontro com jornalistas, esta terça-feira, em Lisboa, Elliott Abrams foi questionado pelo PÚBLICO sobre o elemento ideológico da posição assumida recentemente pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sobre a resposta à crise venezuelana – ambos celebraram a “hora do crepúsculo do socialismo” no continente americano – e defendeu que a mesma não difere, na sua essência, da posição da chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.

 

 

“Os 54 países que reconheceram Juan Guaidó como Presidente legítimo da Venezuela têm um só objectivo: a transição para a democracia. Se ouvirmos Bolsonaro ou Mogherini e compararmos a sua mensagem com a de Trump constatamos que se trata de um tom diferente para a mesma avaliação. Cada um expressa a sua visão da situação, mas há uma mensagem comum, que é a que nos une”, afirmou Abrams, recusando as acusações de apoio a um golpe de Estado.


“Houve um golpe na Venezuela em Maio [2018], sim, mas quando Maduro impediu a realização de eleições livres”, atirou o diplomata, para justificar o reconhecimento “constitucional” dos EUA a Guaidó.


Refira-se que a UE não reconhece o presidente da Assembleia Nacional como chefe de Estado interino da Venezuela – como o fizeram vários Estados-membros, incluindo Portugal –, mas o agendamento e realização de eleições livres e justas.


PUBLICO.PT

Última actualización el Domingo, 14 de Abril de 2019 14:19