O terrorista italiano Cesare Battisti, apadrinhado de Lula e o PT, foi preso e enviado a Italia Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 14 de Enero de 2019 01:13

O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, publicou no Twitter fotos de Cesare Battisti no

avião que decolou da Bolívia com destino à Itália neste domingo (13). O avião decolou por

volta das 19h do aeroporto Viru Viru, em Santa Cruz de La Sierra, cidade a cerca de

850 quilômetros da capital da Bolívia, La Paz.

O italiano Cesare Battisti dentro do avião que decolou da Bolívia com destino à Itália — Foto: Reprodução / Twitter

Segundo a imprensa italiana, a previsão é de que Battisti desembarque no aeroporto de Ciampino, em Roma, por volta das14h (horário local) desta segunda-feira (14).

 

O italiano Cesare Battisti foi preso na noite de sábado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

A prisão foi feita pela polícia boliviana. Ele era considerado foragido desde 14 de dezembro,

quando o então presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição.

Entenda o caso

Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob a acusação de ter cometido quatro

assassinatos na Itália nos anos 1970.

Battisti fugiu da Itália, viveu na França e chegou ao Brasil em 2004. Ele foi preso no Rio de

Janeiro em março de 2007 e, dois anos depois, o então ministro da Justiça, Tarso Genro,

concedeu refúgio.

Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido

procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição.

Em setembro de 2017, o governo italiano pediu ao presidente Michel Temer que o Brasil

revisasse a decisão sobre Battisti.

No fim do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que desse

prioridade ao julgamento que poderia resultar na extradição.

Um mês depois do pedido da PGR, o ministro Luiz Fux, mandou prender o italiano e abriu

caminho para a extradição, no início de dezembro.

Na decisão, o ministro autorizou a prisão, mas disse que caberia ao presidente extraditar

ou não o italiano porque as decisões políticas não competem ao Judiciário.

No dia seguinte da decisão de Fux, o então presidente Michel Temer autorizou a

extradição de Battisti.

Desde então, a PF deflagrou uma série de operações para prender Battisti.

No final de dezembro, a PF já tinha feito mais de 30 operações na tentativa de localizar

o italiano.

Battisti nega envolvimento com os homicídios e se diz vítima de perseguição política.

Em entrevista em 2014 ao programa Diálogos, de Mario Sergio Conti, na GloboNews,

ele afirmou que nunca matou ninguém.




Última actualización el Viernes, 18 de Enero de 2019 02:04