Smartmatic anuncia fim de operações por não poder validar eleições na Venezuela Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 07 de Marzo de 2018 13:46

A empresa Smartmatic anunciou, terça-feira, o encerramento dos seus escritórios na Venezuela, por não poder validar os resultados das eleições no país.

Smartmatic anuncia fim de operações por não poder validar eleições na Venezuela

“Após 15 anos de serviço e 14 eleições assistidas, fornecendo um sistema de votação seguro e auditável, a Smartmatic fechou seus escritórios e cessou as suas operações na Venezuela”, explica um comunicado da empresa. No documento, a empresa explica que “as razões para o encerramento são amplamente conhecidas”.

 

“Em agosto de 2017, após as eleições para a Assembleia Constituinte, a Smartmatic declarou publicamente que o Conselho Nacional Eleitoral tinha anunciado resultados diferentes dos refletidos no sistema de votação. Esse episódio levou a uma rutura imediata do relacionamento cliente-provedor”, afirma.

Por outro lado, explica que “a Smartmatic não participou nas duas últimas eleições (regionais de 15 de outubro de 2017 e municipais de 10 de dezembro de 2017)”.

“Uma vez que a empresa não estava envolvida nesses processos, e dado o facto de que os produtos da empresa não estão sob garantia e não foram certificados para essas eleições, a Smartmatic não pode garantir a integridade do sistema nem pode atestar a precisão dos resultados”, afirma.

O comunicado conclui explicando que “a Smartmatic opera atualmente em quase 40 países, em todo o mundo, em parceria com Governos, comissões eleitorais e cidadãos que procuram realizar eleições seguras, limpas e transparentes”.

A 2 agosto de 2017 a Smartmatic denunciou, durante uma conferência de imprensa em Londres, que os resultados das eleições de 30 de julho, para a Assembleia Constituinte, na Venezuela, tinham sido “manipulados”.

“Com base na robustez do nosso método, sabemos, sem qualquer dúvida, que [os números da] a afluência às urnas na recente eleição para a Assembleia Constituinte foi manipulada”, disse Antonio Mugicala, diretor-executivo da SmartMatic.

O representante da empresa britânica indicou que “a diferença entre a participação real e a anunciada pelas autoridades era de pelo menos um milhão de votos”.

Segundo as autoridades venezuelanas, mais de oito milhões de eleitores, cerca de 41,5% dos eleitores inscritos, participaram no escrutínio.

A eleição foi boicotada pela oposição venezuelana, que alegou que o ato eleitoral era um caminho para prolongar o poder do Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, cujo mandato termina em 2019.

No próximo 20 de maio de 2018, a Venezuela prevê realizar eleições presidenciais antecipadas, em conjunto com as legislativas e para os conselhos municipais.

DNOTICIAS.PT

Última actualización el Sábado, 10 de Marzo de 2018 02:56