Governos americanos se coordenam para lidar com Venezuela Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 23 de Febrero de 2018 13:37

BUENOS AIRES E WASHINGTON — Intensificam-se articulações diplomáticas entre governos do continente sobre a crise venezuelana, com diversos contatos e encontros realizados nas últimas semanas.


Uma das reuniões mais recentes aconteceu na Embaixada do Canadá em Washington, da qual participou, entre outros países, a Argentina. Segundo fontes da Casa Rosada, o presidente Mauricio Macri é um dos enfáticos defensores da necessidade de redobrar a pressão contra Caracas e propõe que os EUA suspendam a compra do seu petróleo.

 

— A agenda de propostas é ampla e só aumenta. Nós somos a favor de não reconhecer o resultado das eleições presidenciais de 22 de abril, ajudar os venezuelanos que emigram do país, pressionar pela suspensão da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA) e para que os EUA deixem de comprar petróleo venezuelano — disse ao GLOBO uma alta fonte do governo Macri.

Segundo ela, “a troca de informações é permanente e o assunto certamente será abordado em março” na posse do novo chefe de Estado chileno, Sebastián Piñera. A ainda presidente do Chile, Michelle Bachelet, está muito próxima do governo mexicano no que diz respeito à Venezuela. Uma fonte de Santiago disse que “a coordenação entre Chile e México é intensa sobre o assunto”.

Já o Peru também mantém contatos com governos regionais e está encarregado de organizar a Cúpula das Américas em 13 e 14 de abril, em Lima, onde a agenda será dominada pela Venezuela:

— Existe certa tensão pela intenção do presidente Nicolás Maduro de participar do encontro, e isso está exigindo muita coordenação com os demais governos da região — relatou uma fonte local.

Em Washington, diplomatas começam a ver uma possibilidade de que a OEA finalmente obtenha os 18 votos necessários (entre 34 países) e aprove uma condenação ao regime de Caracas, ou mesmo a sua suspensão. Até o momento, o organismo não conseguiu aprovar nenhum documento, pois a Venezuela ainda tem força diplomática, com o apoio dos chamados “países bolivarianos” e nove nações do Caribe que têm votado a favor de Maduro.

Ontem, os chanceleres de Brasil e Colômbia discutiram em Brasília as estratégias de cooperação para enfrentar a chegada maciça de venezuelanos em suas fronteiras. O encontro incluiu ministros das áreas da Defesa, Justiça e Segurança. Meio milhão de venezuelanos já atravessaram a fronteira para a Colômbia, e outros 40 mil estão em Roraima.

— Nossa esperança é que a Venezuela encontre, por meio de soluções próprias, paz e democracia com um pronunciamento livre do povo nas eleições — apontou o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, após a reunião com María Ángela Holguín.

 

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Última actualización el Miércoles, 28 de Febrero de 2018 04:34