OEA não reconhece resultados de eleição na Venezuela Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Martes, 17 de Octubre de 2017 13:01

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, declarou nesta segunda-feira que “não se pode reconhecer” os resultados da eleição de governadores realizada no domingo na Venezuela, e avaliou que “já não é mais tempo de resoluções ou declarações”.

OEA não reconhece resultados de eleição na Venezuela

Segundo Almagro, a votação realizada no domingo exibiu irregularidades que “repetem variáveis de ilegalidade, incerteza e fraude que temos denunciado”.

 

O diplomata uruguaio disse que esperava “celebrar a realização de uma festa cívica” na Venezuela, mas agora é necessário “expressar o ceticismo e denunciar a falta de garantias que são recorrentes em atos eleitorais que realizam as ditaduras”.

“Não se podem reconhecer os resultados de uma eleição em um país onde não existem garantias para o exercício efetivo da democracia”.

“Nenhuma eleição na Venezuela dará garantias aos eleitores sem que se realize sob observação internacional qualificada, especialmente por parte desta Organização”.

Almagro afirmou que “já não é tempo de resoluções ou declarações”, e informou que seu gabinete vai “promover e legitimar a aplicação de sanções” contra a Venezuela, apoiando “a institucionalidade democrática venezuelana, que hoje deve funcionar no exílio”.

Nesta segunda-feira, a comissão formada por Almagro realizou novas audiências para determinar se há fundamentos para levar Caracas à Corte Penal Internacional (CPI) por crimes contra a humanidade.

Nas audiências foram ouvidos os depoimentos da juíza Ralenis Tovar, do magistrado Pedro Tronconis, do legislador Armando Armas e do diplomata Isaías Medina, assim como o de Rosa Orozco, mãe de uma jovem que morreu em 2014 devido à repressão.

Tovar, juíza que firmou a ordem de prisão contra o líder opositor venezuelano Leopoldo López, revelou em seu depoimento que assinou o documento por medo de represálias.

“Sou mãe de uma menina e isto me fez assinar”, disse Tovar, confirmando que na Venezuela existe uma política sistemática de intimidação dos integrantes do Poder Judiciário.

ISTOE

Última actualización el Viernes, 20 de Octubre de 2017 11:26