‘O mundo precisa investigar’, diz ex-procuradora-geral da Venezuela Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 24 de Agosto de 2017 12:25

A procuradora-geral destituída da Venezuela, Luisa Ortega, acusou nesta quarta-feira o ex-vice-presidente venezuelano Disdalo Cabello, aliado do atual presidente, Nicolás Maduro, de ter recebido US$ 100 milhões da Odebrecht por meio de uma empresa espanhola que tem como proprietários formais dois primos dele, Jorge Alfredo Cabello e Jerson Jesús Campos Cabello.

‘O mundo precisa investigar’, diz ex-procuradora-geral da Venezuela

De passagem por Brasília, onde participou como visitante de um encontro de chefes do Ministérios Públicos do Mercosul, Ortega disse que encaminhará para autoridades dos EUA, do México, da Espanha e do Brasil documentos referentes a investigações da Odebrecht e de outras irregularidades envolvendo Maduro e pessoas próximas ao regime comandado por ele.

 

Ortega afirmou ainda ter posse de documentos sobre irregularidades no processo de distribuição de alimentos da Venezuela envolvendo Maduro. Segundo a ex-procuradora, o presidente venezuelano é o dono oculto de uma empresa sediada no México responsável por esses repasses de alimentos. “A comunidade internacional precisa investigar esses casos”, afirmou.

Ela disse ter sido deposta sumariamente pela Assembleia Constituinte da Venezuela após começar a investigar esses casos de corrupção. E acusou a recém-eleita Assembleia Constituinte de se tornar uma “inquisição” com poderes para perseguir e punir qualquer pessoa que seja identificada como adversária política do atual regime.

‘Bofetada na democracia’

“Assistimos a um estupro institucional no Ministério Público venezuelano”, afirmou o procurador-geral da República brasileiro, Rodrigo Janot, que cobrou dos colegas que permaneçam alertas diante do estado de exceção no país vizinho.

“Cremos que é uma bofetada na democracia e no estado democrático de direito”, disse o chefe do Ministério Público paraguaio, Javier Díaz Verón.

O colega uruguaio, Jorge Díaz Almeida, defendeu que o Ministério Público jamais aceite pressões sobre o trabalho que faz.

METROJORNAL

Última actualización el Domingo, 27 de Agosto de 2017 16:44