Venezuela: Oposição inicia nova greve geral contra Maduro Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 26 de Julio de 2017 11:30

Uma nova greve geral está marcada na Venezuela e, diferentemente da paralisação da semana passada, que durou 24 horas, a que se inicia nesta quarta-feira vai se estender por dois dias.

Manifestantes da oposição protestam contra Maduro em Caracas

A oposição ao governo de Nicolás Maduro quer aumentar a pressão para conseguir barrar a realização da votação marcada para o próximo dia 30 de julho, com a intenção de eleger uma nova Assembleia Constituinte para reescrever as leis do país.

 

O passo do governo é visto como um ato antidemocrático para que Nicolás Maduro consiga permanecer no poder. Na segunda-feira, o chanceler venezuelano Samuel Moncada, chegou a acusar a CIA, a Colômbia e o México de estarem armando um complô para interferir no país e chegou a afirmar que “tomaria decisões de caráter político e diplomático diante esta ousadia”, em vídeo publicado no Twitter. Na terça-feira, o governo colombiano negou qualquer tipo de ingerência nas questões nacionais da Venezuela.

Na última sexta-feira, a Assembleia Nacional venezuelana — que é de maioria opositora — nomeou 33 novos magistrados para compor o Tribunal Supremo de Justiça, mas três deles já foram presos por Maduro, que prometeu prender “um a um”. Os demais juristas pediram proteção ao Vaticano, às Nações Unidas e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização de Estados Americanos.

O Brasil, até aqui, mistura indiferença com apoio ao lado errado da história. O governo, que assumiu a presidência do Mercosul, não faz pressão pela suspensão da Venezuela do bloco. Na quarta-feira passada, PT, PC do B e PDT subscreveram um documento de defesa ao presidente Nicolás Maduro e apoio à reforma na Constituição em nome do “triunfo das forças revolucionárias na Venezuela”. Desde que Maduro anunciou a intenção de formar uma Constituinte, em abril, mais de cem pessoas morreram em protestos contra o governo no país. Apesar da forte repressão, a oposição deve permanecer nas ruas até o próximo domingo, para quando estão marcadas as eleições.

EXAME

Última actualización el Miércoles, 02 de Agosto de 2017 14:06