Comissária de direitos humanos da ONU espera evitar tragédia com Fariñas em Cuba Imprimir
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Miércoles, 07 de Julio de 2010 10:45

Desmond Boylan/Reuters

GENEBRA - A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, espera que se evite uma "tragédia" no caso do dissidente cubano Guillermo Fariñas. Ele está em estado crítico, já que se encontra há mais de quatro meses de greve de fome para exigir a libertação de presos de políticos doentes.

"Acompanhamos muito de perto este caso e mantivemos contato com as autoridades cubanas sobre o caso do senhor Fariñas", disse o porta-voz de Pillay, Rupert Colville. Ele lembrou que a alta comissária fez contato há vários meses com as autoridades cubanas em relação aos casos dos opositores em greve de fome e que, desde então, privilegiou a via do "diálogo" em sua tentativa de contribuir para uma solução.

Colville ainda ressaltou que "greve de fome é uma decisão pessoal". Acrescentou ainda que "é difícil comentar "sobre os direitos humanos vinculados a uma greve de fome. O porta-voz disse que a reivindicação de Fariñas não é comum, já que seu objetivo é "mostrar a preocupação com relação à liberdade de expressão, de reunião e de movimento" na ilha. A greve de fome de Fariñas quer chamar atenção para "o tratamento dado aos prisioneiros doentes em Cuba", indicou.

O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, está desde a segunda-feira em Havana, onde têm reuniões com membros do governo e representantes da Igreja Católica a fim de apoiar o processo de diálogo sobre os presos políticos.

Nos últimos dias, aumentou a preocupação com a possibilidade de morte do dissidente Fariñas, quem iniciou greve de fome em 24 de fevereiro, no dia seguinte a morte de Orlando Zapata que realizou um protesto similar.

Última actualización el Miércoles, 07 de Julio de 2010 10:46