Ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e mais quatro são condenados Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 03 de Marzo de 2017 11:55

O juiz Sérgio Moro condenou nesta quinta-feira (2) o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e outras quatro pessoas, por lavagem de dinheiro em mais uma ação da Operação Lava Jato.

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Esta é a segunda ação que trata do mesmo assunto: um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões que o pecuarista José Carlos Bumlai obteve no Banco Schain, atendendo a um pedido do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Segundo as investigações, R$ 6 milhões foram para o empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal "Diário do Grande ABC", de São Paulo. O juiz Sérgio Moro afirmou que o motivo do repasse não ficou esclarecido.

 

Marcos Valério, que já foi condenado pela atuação como operador do mensalão do PT, declarou, em depoimento, que foi procurado para pagar R$ 6 milhões ao PT por causa de uma chantagem que o então presidente Lula estaria sofrendo. Mas que não precisou fazer o repasse e que o problema foi resolvido com dinheiro do empréstimo.

Na decisão, o juiz Sérgio Moro destacou a semelhança dessa operação com o mensalão do PT: "Chama atenção o malabarismo financeiro para viabilizar a transação e ocultar a origem do dinheiro, que passou por três intermediários" até chegar a Ronan Pinto.

Por esse mesmo empréstimo fraudulento, Bunlai já foi condenado, em outra ação. Nesta quinta-feira (2), o juiz Sérgio Moro condenou o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o empresário Ronan Maria Pinto a cinco anos de prisão cada um.

Também foram condenados Enivaldo Quadrado e Luiz Carlos Casante, responsáveis por estruturar as operações de ocultação do dinheiro; quatro réus foram absolvidos por falta de provas. Entre eles, Marcos Valério.

A defesa de Delúbio Soares disse que ele nunca pediu empréstimo junto ao Banco Schain em seu nome ou em nome do PT. E afirmou que vai recorrer da decisão.

Os advogados de Ronan Maria Pinto e de Enivaldo Quadrado também disseram que vão recorrer da sentença.

O Partido dos Trabalhadores e as defesas do Banco Schain e do empresário José Carlos Bumlai não quiseram se manifestar. Nós não conseguimos contato com Luiz Carlos Casante.

O Instituto Lula disse que as declarações de Marcos Valério são inverídicas. Que as citações ao nome de Lula foram feitas quando Marcos Valério tentava um acordo de redução de pena. E que o Ministério Público arquivou os procedimentos por falta de provas.

Sobre os absolvidos, o juiz Sérgio Moro considerou que o Ministério Público não conseguiu comprovar a participação do jornalista Breno Altman na obtenção do empréstimo. Moro afirmou também que não havia provas suficientes sobre a participação de Sandro Tordim, ex-presidente do Banco Schain e do empresário Osvaldo Vieira Filho.

GLOBO

Última actualización el Lunes, 06 de Marzo de 2017 11:44