PGR denuncia senadora Gleisi Hoffmann (PT) e Paulo Bernardo (PT) por corruptos Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 08 de Mayo de 2016 12:20

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal a senadora Gleisi Hoffmann, do PT, e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo. Eles são acusados de receber dinheiro desviado da Petrobras.



Gleisi Hoffman, do PT, foi ministra da casa civil de Dilma Rousseff, entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. Voltou ao Senado, e faz parte do grupo de defesa da presidente Dilma na comissão especial do impeachment que aprovou na sexta-feira (6) o relatório recomendando a continuidade do processo.


O marido dela, Paulo Bernardo, ex-deputado do PT, foi ministro do planejamento no governo Lula, e das comunicações, no primeiro governo Dilma.

 

Os dois são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato.
De acordo com as investigações, eles teriam recebido propina de um R$ 1 milhão, desviados daPetrobras, e que seriam usados na campanha eleitoral de Gleisi ao Senado, em 2010.

A senadora foi citada nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Youssef contou aos investigadores que foi procurado por Ernesto Kugler Rodrigues, empresário amigo de Gleisi e Paulo Bernardo, que pedia dinheiro para a campanha de Gleisi. Kugler também foi denunciado.

Em fevereiro, um novo delator confirmou a história e deu mais detalhes. Antônio Carlos Pieruccini disse ao ministério público e à polícia federal que, em 2010, transportou R$ 1 milhão de são Paulo para Curitiba, a pedido de Alberto Youssef.

O delator afirmou ainda que Youssef disse que o dinheiro seria usado para financiar a campanha de Gleisi e que a conversa entre os dois ocorreu em fevereiro ou março daquele ano.

Pieruccini explicou que - orientado por Youssef - entregou o dinheiro a uma pessoa chamada Ernesto, em Curitiba. E que, a última parcela foi entregue pouco antes da eleição, em agosto ou setembro de 2010.

O relator da lava jato aqui no Supremo Tribunal Federal, ministro teoria Zavascki, vai levar a denúncia do procurador Rodrigo Janot para a segunda turma do tribunal. Se os ministros aceitarem, Gleisi e Paulo Bernardo vão ser tornar réus na ação penal. E aí começa uma nova fase do processo, com a coleta de provas e testemunhos. Só depois disso, o Supremo vai julgar se condena ou absolve os denunciados.

Os advogados de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann negaram qualquer irregularidade. Segundo eles, o ex-ministro não teve participação nos fatos narrados.

Sobre Gleisi Hoffmann, os advogados disseram que as denúncias contra ela se baseiam em especulações. E documentos do inquérito comprovam que a senadora não solicitou, nem recebeu nenhum valor.

O empresário Ernesto Kugler não quis se manifestar.

JORNAL NACIONAL

Última actualización el Jueves, 12 de Mayo de 2016 12:27