Cuba permite a sete dissidentes viajar uma vez para fora do país Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 25 de Febrero de 2016 13:02

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HAVANA — O governo cubano concedeu a sete dissidentes, hoje em liberdade condicional, uma primeira e única permissão de viagem ao exterior, informaram ativistas em Cuba. A medida — que tem sido entendida como um gesto de cooperação a um mês da visita do presidente americano, Barack Obama, à ilha caribenha — não foi estendida a outros quatro opositores que vivem nas mesmas condições.

Convocados ao Ministério do Interior, os sete dissidentes que receberam o benefício ficaram sabendo que poderiam viajar para fora de Cuba uma vez. Ao voltarem, continuariam a cumprir as penas em liberdade condicional, que os impede de deixar o país.

— Parece que esta medida é uma espécie de presente que querem dar a Obama. Mas não é nada concreto porque, de volta a Cuba, estaremos novamente em um limbo legal — disse Martha Beatriz Roque, uma dos dissidentes liberados para viajar.

 

Roque é a única mulher do conhecido “Grupo dos 75” — conjunto de dissidentes julgado em março de 2003, em uma ofensiva do regime cubano que ficou conhecida como “Primavera Negra”. Com mediação da Igreja Católica e do governo da Espanha, a maior parte deste grupo foi liberada sob condição de viajar a Madrid entre 2010 e 2011. Apenas 11 opositores se negaram a abandonar a ilha e cumprem as sentenças — que vão de 18 a 25 anos — em regime semi-aberto. A exclusão de quatro presos no benefício fez ativistas acusarem a aleatoriedade da medida.

— É um presentinho para os nas vésperas da visita de Obama. Os outros quatro não temos sequer esse favor do regime. Sete se comportaram bem e nós quatro nos comportamos mal — provocou José Daniel Ferrer, líder da dissidente União Patriótica de Cuba.

Críticos do restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington em Havana, em julho do ano passado, têm apontado maior disposição do governo americano que do regime comunista em dar sinais de cooperação. Faltariam gestos por parte do governo de Raúl Castro de que os comunistas se comprometem com a agenda liberalizante levantada pelos EUA, à medida que a reconciliação avança e os decretos de Obama suavizam o embargo econômico que assola a ilha desde os 1960.



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Última actualización el Domingo, 28 de Febrero de 2016 13:20