A operação "lava jato" atinge finalmente ao PT: O tesorero do "Partido" já está na Policia Federal declarando pelas "doações ilegais e legais" Imprimir
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Jueves, 05 de Febrero de 2015 13:48

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) mais uma etapa da operação Lava Jato para investigar doações solicitadas pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a suspeitos de operar remessas para pagamento de propina envolvendo a diretoria de Serviços da Petrobras.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, chega à Superintendência Regional da Polícia Federal em SP

"Nós queremos saber informações a respeito de doações que ele solicitou, legais ou ilegais, envolvendo pessoas que mantinham contratos com a Petrobras. Esse é o motivo pelo qual ele está sendo ouvido no momento", disse Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador-regional da República em São Paulo. Lira disse que a Polícia Federal tem "informações de doações legais e ilegais de pessoas que tinham contratos com a Petrobras. Os recursos nem sempre passam por destino legal."

 

O procurador-geral disse que ainda não pode afirmar sobre o destino das doações e ressaltou que, apesar das suspeitas, algumas delas podem ser legais. A operação de hoje pretende levantar provas para dar sustentação ao depoimento.

Vacarri mora em São Paulo e foi levado para dar depoimento na Superintendência da PF na Lapa. Ele será liberado em seguida. A nova ação está ocorrendo em São Paulo, no Rio, na Bahia e em Santa Catarina.

Os agentes da PF estão cumprindo um mandado de prisão preventiva, no Rio; três de temporária, em Santa Catarina; 18 conduções coercitivas (incluindo a de Vaccari) e 40 de busca e apreensão. São 62 mandados no total.

Entre os mandados de prisão temporária, dois foram cumpridos em Santa Catarina. Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Curitiba até o final do dia de hoje. Um mandado de prisão temporária não foi cumprido porque a pessoa procurada está no exterior, mas sua passagem de volta está marcada para ocorrer nesta tarde. Segundo a PF, por este motivo a pessoa ainda não é considerada foragida. A prisão preventiva ainda não foi cumprida porque a pessoa ainda não foi localizada. Os nomes dos procurados nos mandados não foram revelados.

Em fases anteriores da Lava Jato foram presos os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, e executivos de importantes empreiteiras do país. Dos ex-diretores, apenas Duque não permanece preso. Segundo o Ministério Públicos Federal, não há provas contra ele para que uma nova prisão seja decretada.

A nona fase da operação Lava Jato foi batizada de "My Way", apelido pelo qual era conhecido Renato Duque segundo o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. Barusco relatou que ele e Duque receberam propina em mais de 60 contratos da estatal.

UOL.COM.BR

Última actualización el Domingo, 08 de Febrero de 2015 12:18