Em dia histórico para EUA e Cuba, o que faz um navio espião russo em Havana? Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 23 de Enero de 2015 13:31

Neste momento, autoridades cubanas estão recebendo uma comissão formada pelos principais diplomatas americanos para uma série de reuniões na capital Havana - algo que não ocorria há 35 anos - como parte dos esforços de reaproximação entre os dois países.

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Ao mesmo tempo, um navio espião da Rússia está atracado à vista de todos noporto da cidade. Coincidência? A visita da delegação americana é resultado dos planos anunciados em dezembro pelo presidente Barack Obama e pelo seu equivalente, Raúl Castro, de retomarrelações diplomáticas mútuas.

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Mas a aparição do navio espião Viktor Leonov na véspera da visita histórica da delegação americana é uma lembrança das rivalidades dos velhos tempos da Guerra Fria.

Surpresa

ReutersRetomada de relações diplomáticas foi anunciada por EUA e Cuba em dezembro

O Viktor Leonov está ancorado em um píer de Havana Velha. Sua chegada não foi anunciada oficialmente pelas autoridades cubanas.

À agência AFP, autoridades americanas disseram que a presença do navio russo não tem importância, porque é perfeitamente legal e não tão incomum.

Leia mais: 'Os cubanos não têm sentimentos antiamericanos'

O serviço russo da BBC destaca que navios de inteligência do país viajam a Cuba com regularidade.

O próprio Viktor Leonov, que tem uma tripulação de 200 pessoas, esteve em Havana um ano atrás.

Base espiã

O crescente interesse do governo russo por Cuba levou a um acordo para reabrir uma base espiã na ilha.

De acordo com a imprensa russa, o acordo foi fechado durante a visita do presidente do país, Vladimir Putin, em julho passado.

Correspondentes veem a medida como parte dos esforços de Putin para reestabelecer a influência geopolítica do país, em meio à deterioração das relações entre Moscou e Washington com a crise na Ucrânia.

BBC BRASIL