Queda do Muro de Berlim foi golpe épico contra tirania, diz Merkel Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 10 de Noviembre de 2014 01:09

A queda do Muro de Berlim 25 anos atrás, em um prenúncio do fim da Guerra Fria, mostrou ao mundo que "sonhos podem se tornar realidade" e deveria inspirar as pessoas dominadas pela tirania, afirmou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, neste domingo.

Chanceler Angela Merkel caminha ao lado de pedaço do antigo Muro de Berlim, em cerimônia que celebra neste domingo (9) da queda da barreira5 anos (Foto: Hannibal Hanschke/Reuters)

As festividades para marcar o aniversário atraíram mais de 100 mil moradores de Berlim e turistas ao centro da cidade um dia dividida. Muitos percorreram a antiga faixa de 15 quilômetros que marca onde o muro estava e 7 mil balões iluminados foram colocados a 3,6 metros do chão, a altura da barreira construída em 1961 pela Alemanha Oriental.

Merkel, então uma jovem cientista em Berlim Oriental quando obteve seu primeiro sabor de liberdade em 9 de novembro de 1989, afirmou em discurso que a queda do muro em resposta à intensa pressão popular será eternamente lembrada como um triunfo do espírito humano.

"A queda do muro de Berlim mostrou que sonhos podem se tornar realidade e que nada tem que permanecer como está, não importa o quão alto os obstáculos podem parecer ser", disse Merkel, que atualmente tem 60 anos de idade e lidera a Alemanha desde 2005.

"A queda do muro mostrou que temos o poder de definir nosso destino e tornar as coisas melhores", disse a chanceler, citando que pessoas na Ucrânia, Síria, Iraque e em outras parte do mundo deveriam se sentir inspiradas pelo exemplo da queda do muro.

"Foi uma vitória da liberdade e é uma mensagem de fé para as gerações de hoje e do futuro, de que é possível derrubar muros, os muros dos ditadores, da violência e das ideologias."

Pelo menos 138 pessoas foram mortas ao tentarem escapar para Berlim Ocidental e muitas foram capturadas e foram parar na cadeia.

Regimes comunistas desmoronaram diante de levantes populares no leste europeu em 1989, sinalizando o fim da Guerra Fria, cujo símbolo mais completo foi o Muro de Berlim.

"As diferenças podem estar diminuindo conforme os anos passam, mas em um ritmo muito mais lento que qualquer um teria sonhado 25 anos atrás", disse o cientista político, Kai Arzheimer, da Universidade de Mannheim, sobre as divisões políticas, econômicas e sociais que ainda persistem na cidade e no país.