Eurico Barbosa, Cuba e um sonho disparatado sobre Ché Guevara Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 01 de Septiembre de 2014 00:19

Gostaria de parabenizar o ilustríssimo advogado e escritor Eurico Barbosa pela série “Cuba hoje”, cujo último capítulo foi publicado dia 27. Diário de viagem, de “bordo”, gostoso de ler, elucidativo, escrutinando o castrismo, a história, tudo sobre a “ilha comunista” mais famosa do planeta. No derradeiro dos seis capítulos, arremata suas impressões sobre Cuba extraindo do livro de Antônio Rangel Bandeira, intitulado: “Sombras do Paraíso”, as palavras do fundador do partido socialista de Portugal, Mário Soares, que assina o extenso prefácio da obra de Rangel.

Eurico Barbosa incentivou-me a realizar um propósito que acalanto desde adolescente: escrever uma série sobre a revolução cubana, especialmente sobre Che Guevara. Não acredito que ele tenha morrido na Bolívia. Não foi ele e sim um sósia quem foi para a África, para o Congo. Creio que ele tenha sido assassinado em Cuba, logo após a revolução. Bem, esse assunto é complexo e até perigoso. Deixo para uma próxima oportunidade.

 

Antes de transcrever o já transcrito pelo profícuo Eurico Barbosa, gostaria de salientar que depois de ter sido preso doze vezes, deportado e quase assassinado nesse combate ao salazarismo, Mario Soares consagrou-se presidente de Portugal de 1986 a 1996, solucionando gravíssimos problemas e reestruturando o país. Então, afinal, estas são as declarações de Mario Soares :

“Devo dizer que não me convenceu. Não gostei do que vi nem do modelo que então me diziam estar a ser aplicado – uma espécie de comunismo “doce” com “rum e chá-chá-chá”. Muito diferente do intolerável comunismo tcheco (que vira em Praga), tristíssimo, cinzento, sem a mínima capacidade de atração, como os próprios comunistas cubanos reconheciam “aqui será diferente”, garantiram-me. Mas enganavam-se a si próprios (...)”.

Eurico Barbosa não poupa nem o altivo Jean Paul Sartre e a sua esposa que viviam, como a Europa toda, enamorados com a “Revolucion”. Narra sobre uma “célebre” discussão onde o “comandante máximo” Fidel Castro acusa René Dumont de “criticar tudo” alegando que aquilo não tinha base, citando Sartre e a “mulher”, quando o sociólogo e economista respondeu:

“Sartre e Beavouir são notáveis escritores, mas não constituem autoridade em matéria econômica e muito menos em agricultura.

DM.COM.BR

(Henrique G. Dias, jornalista)

Última actualización el Miércoles, 03 de Septiembre de 2014 00:04