Ex-diretor do Banco do Brasil e militante do PT, Henrique Pizzolato é preso na Itália Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 06 de Febrero de 2014 09:09

Condenado no mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi preso na Itália, para onde fugira dois meses antes de decretada sua prisão, no ano passado.

Pizzolato foi preso pelos Carabinieri, em uma das regiões mais prósperas e desenvolvidas da Itália.

Pizzolato foi levado para a penitenciaria de Modena, a 16 quilômetros de Maranello, onde deverá ser interrogado pela policia italiana. O que vai acontecer daqui para frente depende da justiça da Itália e do governo brasileiro.

Se o Brasil realmente pedir a extradição, não esta excluído que Pizzolato tenha que esperar pela decisão na cadeia.

Maranello, onde ele foi descoberto, também fica no norte do país. É famosa por ser a cidade sede da fábrica da Ferrari. A prisão foi por volta das 8h da manhã, horário de Brasília.

Pizzolato estava com a mulher no apartamento de um sobrinho, onde vinha sendo monitorado há dois dias. Ao ser abordado pelos policiais, negou sua identidade, mas logo admitiu ser Henrique Pizzolato.

O brasileiro foi preso com 15 mil euros e estava com documentos falsos, incluindo o passaporte no nome do irmão, Celso Pizzolato, que já morreu.

Henrique pizzolato pode ser processado na itália por usar documento falso, mas não seria expulso do país por esse crime.

"Os nacionais não são expulsos. A expulsão é só para estrangeiros. O que vai acontecer é que dependendo do código penal italiano, ele será processado por esse crime. Aqui no Brasil, o crime se chama falsidade ideológica”, explica Nadia de Araujo, professora de direito internacional.

"Uma coisa é o uso de documento falso, vai ser apurado na Itália. Ele foi preso pelo mandado do Brasil, o governo solicita a extradição e a justiça italiana vai analisar o pedido", diz Rogério Galloro, diretor executivo da Polícia Federal.

"Em um processo eventual de extradição, às vezes penas muito pequenas são deixadas de lado para favorecer a extradição", garante Roberto Donati, oficial da polícia italiana no Brasil.

Desde o ano passado que o nome do ex-diretor do Banco do Brasil está na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.

Tomado de GLOBO.COM