Manifestação em Rio de Janeiro cobra comprovação para o "Mais Médicos" Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 09 de Octubre de 2013 08:52

Dezenas de médicos realizaram ontem um protesto no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Eles são contrários à decisão do Governo federal tomada em setembro passado de dispensar comprovação técnica de profissionais estrangeiros contratados para trabalhar no País pelo Programa Mais Médicos.

A manifestação aconteceu próximo à Delegacia Federal do Ministério da Saúde no Estado. Por volta das 13 horas, eles gritaram palavras de ordem e reivindicaram medidas emergenciais contra o projeto apontado por eles como “eleitoreiro”.

 

Uma carta de alerta à população foi distribuída para os transeuntes: “Essa grande farsa, de cunho circunstancial e coincidente com o período das eleições de 2014, é apresentada como se os problemas da saúde fossem os médicos e isenta o Governo federal de sua responsabilidade em garantir atendimento de qualidade. A falta de comprovação técnica desses médicos (contratados pelo Programa Mais Médicos), por exames de revalidação de seus diplomas, poderá levar a graves danos para o povo brasileiro”, declarou a carta assinada pela Federação Nacional dos Médicos.


Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Darze, dos 22 estrangeiros contratados para trabalhar em território fluminense pelo Programa Mais Médicos, apenas 10 foram ao Conselho Regional de Medicina (Cremerj) na tentativa de obter registro provisório. Mesmo assim, eles deixaram de levar as documentações necessárias. Por isso, nenhum deles conseguiu o documento fundamental.


”É um projeto com conteúdo eleitoreiro, não é sério. Fizeram um curso relâmpago, sem que nenhuma instituição médica conseguisse conversar com esses médicos estrangeiros. É uma vergonha que o Governo brasileiro esteja patrocinando um projeto desse”, disse Darze.

Ofensiva do Governo

Em mais uma ofensiva do Governo contra a resistência dos conselhos regionais de Medicina (CRMs) à atuação de profissionais estrangeiros, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que cerca de 300 médicos do programa estão recebendo benefícios sem conseguir trabalhar.

Segundo ela, esses profissionais já estão aptos a realizar o atendimento. Mas, como os conselhos se recusam a conceder o registro provisório, não podem atuar. Pelo programa, os médicos recebem uma bolsa de R$ 10 mil.

Tomado da Folhapress

Última actualización el Sábado, 12 de Octubre de 2013 10:22