EUA pede investigação “verossímil” sobre morte de Payá Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 08 de Agosto de 2013 08:53

A nova embaixadora dos EUA diante das Nações Unidas, Samantha Power, pediu às autoridades cubanas que realizem uma investigação “verossímil” sobre a morte do dissidente Oswaldo Payá, disseram à Efe fontes diplomáticas.
Oswaldo Paya, morreu em um acidente de tráfico depois de ser ameaçado em váiras ocasiões

Assim transmitiu Power ao chanceler cubano, Bruno Rodríguez, no almoço que ofereceu nesta terça-feira a presidente argentina, Cristina Fernández, às delegações que participaram no debate do Conselho de Segurança, disseram as fontes.

 

Oswaldo Payá lutou pela liberdade. Acabo de transmitir ao ministro de Exteriores cubano a necessidade de uma investigação credível sobre a sua morte”, disse a embaixadora estadunidense em uma mensagem colocada em sua conta no Twitter.

Payá, líder do Movimento Cristão Libertação, e seu colega Harold Cepero, faleceram no dia 22 de julho de 2012 ao bater contra uma árvore o carro em que viajavam e que era conduzido por Ángel Carromero, um dirigente do Novas Gerações do Partido Popular de Espanha.

As autoridades cubanas apresentaram o acontecimento como um acidente por excesso de velocidade, uma versão que recusa a família de Payá, já que, entre outros argumentos, Carromero disse a Rosa María Payá, filha do opositor cubano, que um veículo chocou por trás.

A família Payá mantém a tese de que o acidente foi provocado por agentes do Governo cubano, que bateram com outro automóvel no veículo em que viajavam os opositores cubanos pelo oriente da ilha.

Ofelia Acevedo, a viúva de Payá, assegurou nesta semana à Efe que a Espanha tem provas “suficientes” de que a morte do seu marido “não foi um acidente casual” e que estava vivo quando foi tirado do carro acidentado.

Payá foi o fundador do MLC em 1988 e promotor do denominado “Projeto Varela”, uma iniciativa que apresentou ao Parlamento cubano em 2002 depois de recolher 11.020 assinaturas em apoio de um referendo para introduzir reformas à Constituição cubana.

Converteu-se em um dos líderes da dissidência interna mais reconhecidos fora de Cuba e o primeiro a quem o Parlamento Europeu outorgou o prêmio Sájarov aos Direitos Humanos e a Liberdade de Pensamento em 2002.

Tomado de INFOLATAM/EGE

Traduzido por Infolatam

Última actualización el Viernes, 16 de Agosto de 2013 11:22