Prefeito de Miami diz que o regime cubano é um “problema biológico” Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 12 de Abril de 2013 08:57


O prefeito de Miami (EUA), Tomás Pedro Regalado, durante sua conferência na Tribuna Ibero-americana, que a Casa da América organiza em Madri e a Agência EFE.

O regime cubano é um “problema biológico”, que não se resolverá até que desapareçam os irmãos Castro, disse em Madri o prefeito de Miami (EUA), Tomás Pedro Regalado, quem considera o embargo à ilha uma “declaração política” estadunidense.

Regalado, republicano e de origem cubana, ofereceu nesta quarta-feira uma conferência sobre a presença hispânica no estado da Flórida (EUA) na Tribuna Ibero-americana, organizada pela Casa de América em Madri e Agência EFE, e da qual participou o ministro espanhol de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo.

“Tomara que Cuba não seja como a Coréia do Norte”, onde o poder passa de pais a filhos, disse Regalado.

“[nós] Os cubanos que estamos no exterior não pretendemos nem sequer especular sobre quem deve governar Cuba. Acho que isso é uma decisão das pessoas que sofreram”, assinalou ao ser perguntado pelo papel dos exilados, quem, segundo opinou, “servirão para levar negócios e dinheiro” à ilha na era pós Castro.

Sobre o embargo estadunidense a Cuba, Regalado sublinhou que “não é um obstáculo para o comércio, senão que é uma declaração política que os EUA estão fazendo até que não haja algum tipo de liberdades”.

O prefeito de Miami, quem como jornalista foi correspondente de guerra e em vários países, explicou que Cuba pode comprar produtos dos EUA sempre desde que seja em espécie e que a suspensão do embargo seria a possibilidade de dar crédito ao país.

Acusou o castrismo de não cumprir com as suas promessas e lamentou que não exista “nenhum sinal que permita supor que possa haver uma abertura real, tanto de ordem econômica como política”, por isso, disse que “perdeu as esperanças de que haja uma vontade real” de que Cuba se encaminhe a um processo pacífico para a democracia.

Nesse contexto, considerou que o objetivo da reforma migratória em Cuba é talvez para que o regime possa “expulsar os dissidentes” e não ter que “lidar com eles dentro do país”.

Em sua intervenção na mesma conferência, celebrada na sede da Casa de América em Madri, o ministro espanhol de Exteriores considerou que os espanhóis têm uma relação “absolutamente privilegiada” com Cuba.

“Para nós, o que ocorra em Cuba e o que ocorra com os cubanos, lá onde estejam, é um assunto que consideramos estritamente da família”, assinalou o ministro espanhol.

Os assuntos de Cuba não pertencem na Espanha à política exterior, senão à política interior, já que “Cuba faz parte da Espanha” como a “Espanha faz parte de Cuba”, sublinhou García-Margallo.

Tomado de INFOLATAM/EFE

Traduzido por Infolatam