O presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, deixará em fevereiro o cargo que ocupa durante duas décadas. Alarcón não foi incluído na lista de candidatos a deputados para as eleições-gerais de fevereiro, publicada esta quinta-feira no jornal oficial Granma.

As autoridades não informaram as causas pelas quais Alarcón, 75 anos, membro desde 1992 do seleto Burô Político do governista Partido Comunista, deixará a cadeira na Assembleia Nacional (Parlamento), que presidiu desde 1993.

Atual deputado pelo município de Plaza, em Havana, Alarcón é o mais proeminente dos dirigentes cubanos que não figura na lista de 612 candidatos ao Parlamento cubano, selecionados por uma comissão de organizações sociais.

Os novos deputados serão eleitos nas urnas em 3 de fevereiro de 2013, em uma votação na qual não haverá surpresas, pois salvo que ocorra algo incomum, todos os candidatos serão eleitos ao Parlamento, como ocorreu desde 1976.

Fidel e Raúl Castro também estão na lista de candidatos ao Parlamento, em um processo em que não está em risco o controle que exerce o Partido Comunista há meios século e no qual certamente o atual presidente será reeleito por outros cinco anos.

Alarcón, doutor em filosofia e letras, tem sido uma figura chave da política externa dos governos de Fidel e Raúl Castro, e conduziu negociações com os Estados Unidos, além de ter sido acadêmico, embaixador e chanceler, antes de presidir o Parlamento.

Entre os oito candidatos ao Parlamento pelo município de Plaza (correspondente ao tradicional bairro de El Vedado, em Havana), está a sexóloga Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro.

Tomado de TERRA