Encerrada Cúpula de Cádiz que encara desafio de redefinir papel deste fórum Ibero-Americano |
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Domingo, 18 de Noviembre de 2012 12:44 |
Cádiz (Espanha) Encerrada sua 12ª Cúpula, a região ibero-americana encara agora o desafio de redefinir o papel deste fórum em um momento de pujança econômica na América, enquanto que a Europa tenta superar sua crise. "A Comunidade Ibero-Americana é uma firme realidade e agora devemos olhar com novos olhos o muito que percorremos e o muito também que nos resta ainda a fazer", disse o rei Juan Carlos na cerimônia de encerramento da Cúpula de Cádiz. Corresponderá agora ao Panamá, que acolherá a cúpula de 2013, dirigir toda a comunidade de nações nessa responsabilidade. O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, afirmou que a próxima cúpula será centrada "no papel econômico, político, social e cultural da comunidade ibero-americana no contexto mundial" e que será realizada nos dias 18 e 19 de outubro de 2013. A próxima reunião poderia ser a última com o atual formato, já que os líderes ibero-americanos encarregaram o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, e a chanceler mexicana, Patricia Espinosa, de apresentar uma proposta formal para reformar as cúpulas, que previsivelmente passarão a ser bienais. Esta equipe deverá entregar seu relatório na próxima cúpula do Panamá e conta como base para seu trabalho com uma proposta, apresentada pela Espanha, para "redefinir" totalmente este fórum. A Espanha, que agora assume mais de 60% do financiamento da Secretaria-Geral Ibero-Americana, organizadora das cúpulas, propõe por exemplo projetar "uma estrutura mais equitativa quanto a cargas e responsabilidades". Em entrevista coletiva no final da cúpula, o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que na edição deste ano chegou o momento de dar um passo adiante, de iniciar uma nova etapa. Rajoy destacou a mensagem de que a América Latina deseja ajudar para que a Europa mude sua tendência econômica. Antes da cerimônia de encerramento, os participantes da cúpula posaram para a tradicional "foto oficial" e tiveram um almoço no qual, segundo Rajoy, o diálogo entre os líderes foi frutífero e ativo. A Declaração de Cádiz e o Programa de Ação aglutinam os temas e decisões desta reunião, que teve um forte acento econômico. A estes documentos, assinados neste sábado pelos chefes de Estado e de Governo, se acrescentam uma dúzia de comunicados especiais, que abordam temas variados, como a rejeição do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba, as Malvinas, a folha de coca, a mudança climática, o femicídio, a inclusão dos incapacitados no mercado de trabalho e a declaração de 2013 como Ano Internacional da Quinoa. A Declaração se centra em seis eixos, entre os quais se destaca o desenvolvimento de infraestruturas, a promoção das micro, pequenas e médias empresas, e políticas de crescimento e emprego. O texto recolhe também o fortalecimento de "regras claras, estáveis e previsíveis que ajudem a promover os investimentos produtivos nacionais e estrangeiros". A Declaração também traz o respaldo dos líderes ibero-americanos à realização de uma sessão especial da Assembleia Geral da ONU sobre o problema mundial da droga. Também se aceitou o Haiti como país observador nas cúpulas. A Espanha recebeu dos presidentes de Chile, México, Peru e Colômbia a carta na qual é aceita como país observador da Aliança do Pacífico. A cúpula também respaldou a candidatura da Espanha a ocupar um posto não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Não participaram da cúpula sete líderes, os de Nicarágua, Argentina, Uruguai, Guatemala, Paraguai, Venezuela e Cuba, e tanto o presidente da Bolívia, Evo Morales, como o de Honduras, Porfirio Lobo, anteciparam sua saída de Cádiz alegando compromissos em seus países. A Cúpula de Cádiz culminou a comemoração do bicentenário da primeira Constituição liberal da Espanha, conhecida como "La Pepa". EFE cjn/ma Tomado de Google Noticias |