Cuba convida estrangeiros a investir em zona especial Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 10 de Noviembre de 2012 11:43

Cuba convidou o capital estrangeiro a investir na Zona Especial de Mariel, que constrói com o Brasil, 50 quilómetros a Oeste de Havana e cuja primeira fase fica concluída em Abril do ano que vem.
“Já estamos a dar os primeiros passos para a criação da Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel”, disse o ministro de Investimento Estrangeiro e Comércio Externo, Rodrigo Malmierca, ao inaugurar a Feira Internacional de Havana.
Estas zonas, cuja criação está prevista nas reformas propostas pelo presidente Raul Castro e aprovadas pelo Partido Comunista, estão destinadas a “incrementar a exportação e a substituição efectiva de importações” e representam “uma oportunidade interessante para o capital estrangeiro”, afirmou Malmierca.
O ministro disse ainda que “desenvolver um intenso processo investidor constitui uma prioridade” do governo cubano e, “neste sentido, o capital estrangeiro continua a desempenhar um importante papel no presente e no futuro”.
A Zona Económica de Mariel, a primeira do tipo, sedeada no porto do mesmo nome, prevê, além de actividade portuária, a mais importante do país, uma plataforma industrial para a importação, a elaboração de produtos e a sua venda no mercado interno e externo.
O projecto, estimado em 900 milhões de dólares, é construído com financiamento conjunto de 640 milhões de dólares do Brasil e o restante por Cuba. A primeira fase da actividade portuária deve começar em Abril.
“O Brasil está a libertar a quinta fatia de financiamento da obra, de 234 milhões de dólares”, disse à AFP o director da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Hipólito Rocha Gaspar.
Consultado sobre se empresas brasileiras têm interesse em investir no projecto, Hipólito Gaspar afirmou que “há muitas conversações, mas ainda nada concreto”.
O Brasil, um dos principais parceiros comerciais de Cuba e o seu principal fornecedor de alimentos, é representado na feira por 66 empresas, estimuladas por um intercâmbio bilateral de mercadorias, que este ano deve chegar a 700 milhões de dólares. Duas empresas brasileiras, a Fanavid e a Marcopolo, negoceiam a instalação, em Cuba, de fábricas de vidro e de carroçarias de autocarros.
O Brasil concedeu recentemente um crédito a Cuba no valor de 200 milhões de dólares para a compra de máquinas agrícolas destinada à produção de alimentos, uma prioridade do governo de Raul Castro.

AFP