Cuba, que importa dos EUA 70% dos alimentos que consome, prepara mais incentivos à produção agrícola privada Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 24 de Octubre de 2012 09:00


Havana - O regime de Raúl Castro dará um novo impulso à agricultura privada em Cuba, onde 1,4 milhão de hectares foram entregues desde 2008 à exploração por parte de indivíduos e cooperativas. A partir de 21 de dezembro, o tamanho máximo das propriedades arrendadas será maior, e os empreendedores poderão construir benfeitorias e morar nas terras em que trabalham.

As terras da ilha estão nas mãos de empresas estatais pouco eficientes, ou ociosas, após terem sido abandonadas por camponeses que migraram para as cidades. Incapaz de produzir tudo o que consome, Cuba precisa importar alimentos e, com a alta dos preços no mercado internacional decorrente da crise econômica, a conta ficou mais salgada. Raúl, então, lançou o programa de arrendamentos para aumentar a eficiência da produção agrária, ao qual recorreram 163 mil agricultores.

Máximo passa de 40 a 67 hectares

Com as novas regras, poderão ser arrendadas propriedades de até 67 hectares - o máximo, hoje, são 40. Os arrendatários também terão permissão para fazer contratos com cooperativas e fazendas estatais a fim de obter insumos e serviços. Além disso, com a possibilidade de construir casas para morar nas terras, os empreendedores terão mais chance de mantê-las na família, que tem prioridade na renovação do arrendamento - os prazos são de dez anos para indivíduos e 25 para cooperativas.

A reforma no programa é mais uma das mudanças que Raúl vem implementando para reativar a economia. Ele já autorizou o trabalho autônomo, eliminou restrições à compra e venda de veículos e anunciou o fim do visto de saída, de olho no aumento das remessas de emigrados. O crescimento do PIB cubano despencou de 12% em 2006 para 2% em 2010, segundo a ONU.

Tomado de OGLOBO

Última actualización el Miércoles, 24 de Octubre de 2012 09:03