Cuba, Noruega, Venezuela e Chile participarão de diálogo Colômbia-Farc Imprimir
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Viernes, 31 de Agosto de 2012 09:05

Bogotá, 29 ago (EFE).- Cuba será a sede permanente do diálogo de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que contará também com o apoio de Noruega, Venezuela e Chile, segundo um acordo entre as partes envolvidas revelado nesta quarta-feira pela emissora de rádio "RCN". O documento, de quatro fólios e seis pontos gerais, estabelece que os delegados do governo do presidente Juan Manuel Santos e as Farc formalizarão a mesa de conversas em Oslo e depois a transferirão a Havana. Os detalhes aparecem no chamado "Acordo Geral para o Fim do Conflito e a Construção de uma Paz Estável e Duradoura" que, segundo meios de comunicação do país e o exterior, foi alcançado na segunda-feira passada na capital cubana. As partes signatárias do acordo assumem o compromisso de "pôr fim ao conflito como condição essencial para a construção da paz estável e duradoura" e "iniciar conversas diretas e ininterruptas", de acordo com a informação da "RCN". A agenda do diálogo girará sobre os seguintes temas gerais: "política de desenvolvimento agrário integral, participação política, fim do conflito, solução ao problema das drogas ilícitas, vítimas e implementação, verificação e referenda". O presidente Santos confirmou na segunda-feira a aproximação com as Farc, depois que o canal de televisão internacional "Telesur" e depois outros meios informassem que ambas partes haviam chegado nesse mesmo dia em Havana a um acordo para iniciar um diálogo de paz. Em um discurso público ao país, Santos disse que "se desenvolveram conversas iniciais com as Farc para buscar o fim do conflito", sem dar mais informações. Segundo o documento revelado hoje pela "RCN", a mesa formal de conversas será instalada na capital norueguesa um mês após que se faça o "anúncio público" do acordo alcançado em Cuba. O acordo também detalha que as conversas terão o apoio dos governos de Cuba e da Noruega, em ambos casos como "fiadores", e da Venezuela e Chile como "observadores". "De acordo com as necessidades do processo, será possível convidar outros" (governos), detalha o acordo, que segundo o mesmo texto foi resultado de um "encontro preparatório" realizado em Havana desde o último dia 23 de fevereiro. O encontro "contou com a participação do governo da República de Cuba e do governo da Noruega como fiadores, e com o apoio do governo da República Bolivariana da Venezuela como facilitador de logística e observador", segundo o mesmo documento. As Farc pegaram em armas em 1964 e contam com 8,5 mil combatentes, segundo números oficiais. EFE jgh/rsd