CUBA: VIUVA DE PAÝA INSISTE EM RECUSAR VERSÃO OFICIAL SOBRE A MORTE "ACIDENTAL" DE SEU ESPOSO Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 29 de Agosto de 2012 09:23

A viúva do dissidente cubano Oswaldo Payá, Ofelia Acevedo, voltou a recusar a versão oficial de que a morte do seu esposo, ocorrida há um mês ao chocar o veículo em que viajava, se deveu a um acidente e pediu de novo uma investigação “independente” sobre o sucedido.

A viúva do falecido opositor Oswaldo Payá, Ofelia Acevedo, e sua filha Rosa María junto ao caixão com os restos de Payá.

Em declarações à Efe em Havana, Acevedo explicou que todos os familiares seguem “muito aflitos” pelo falecimento de Payá e informou que nesta quarta-feira pela noite celebrarão uma missa por ele, em um domicílio particular da capital.

 

Payá e o também opositor cubano Harold Cepero morreram no passado 22 de julho em um acidente de trânsito perto da cidade de Bayamo, a mais de 750 quilômetros de Havana, quando viajavam em um veículo conduzido pelo espanhol Ángel Carromero, em que também estava o sueco Jens Aron Modig.

Segundo a versão oficial, as causas do acidente foram o excesso de velocidade e outros erros do motorista do veículo ao circular por uma estrada em obras que estava sem pavimentação, mas sinalizada.

Carromero, dirigente do Novas Gerações do Partido Popular (PP) de Madri, e Modig, presidente da Liga Democrata-cristã Juvenil da Suécia, confirmaram essa versão em declarações gravadas e mostradas à imprensa em Havana.

O espanhol, em prisão provisória desde então e que deverá enfrentar um julgamento por homicídio imprudente nos próximos dias que lhe pode acarretar uma condenação de sete anos de prisão, pediu ademais “à comunidade internacional” que “se centre” em tirá-lo da ilha e “não utilize” o assunto “com fins políticos”.

Permitiram que Modig regressasse à Suécia poucos dias depois.

Acevedo indicou que o processo judicial aberto pelo acidente “não representa nada” para ela “nem muda em nada a opinião” que tem “sobre a versão oficial dos fatos”.

A viúva de Payá insiste na necessidade de que haja “uma investigação adicional independente do Governo de Cuba”.

Ademais, reiterou seu desejo de falar com Carromero, que permanece no centro de reclusão “100 e Aldabó”, do Ministério do Interior, em Havana. A viúva não apresentou acusação contra ele porque acha que “deveria estar na Espanha há tempo” porque “é inocente”.

Tomado de Infolatam

Última actualización el Domingo, 02 de Septiembre de 2012 14:29